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Os direitos de The Incest Diary não terão sido ainda vendidos para Portugal
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Os direitos de The Incest Diary não terão sido ainda vendidos para Portugal

Getty Images/iStockphoto

Os direitos de The Incest Diary não terão sido ainda vendidos para Portugal

Getty Images/iStockphoto

Diário do Incesto: está eleito o livro mais polémico do ano

Escrito sob anonimato, é o testemunho real de uma mulher vítima de abuso sexual por parte do pai. O editor diz que é uma obra de arte, alguns críticos dizem que é lixo para pedófilos. Em que ficamos?

“O meu pai é o meu segredo. O facto de ele me ter violado é o meu segredo. Mas o segredo por trás do segredo é este: algumas vezes eu gostei”

Publicado no passado dia 18 de julho nos Estados Unidos, The Incest Diary conta a história real, autobiográfica e, para muitos críticos literários, pornográfica de uma mulher vítima de abusos sexuais. E já foi eleito, pela imprensa e pelos leitores, como o livro mais polémico de 2017. Entre os 3 e os 21 anos, a autora, anónima, foi violada repetidamente pelo próprio pai com a conivência da mãe, uma mulher a braços com uma depressão desde o nascimento do segundo filho, dois anos e meio mais novo, que não só a culpava por tudo o que de mal se passava na família como chegava a considerá-la “a outra mulher”, uma mulher que, dizia, desejava que nunca tivesse sequer nascido.

Ao longo desses 18 anos, em que foi vítima de abusos de todos os graus (o pai chegou a cortá-la, com facas, nas zonas íntimas — “Será que ele estava a tentar circuncidar-me? Talvez ele estivesse a tentar cortar o meu prazer, para remover o seu próprio”), nunca pediu ajuda.

Filha mais velha de um casal de classe média, com casa própria num subúrbio na região Nordeste dos Estados Unidos, uma cabana numa das florestas do Maine e uma moradia junto a uma praia que não nomeia, manteve sempre as aparências. Nem quando os pais resolveram divorciar-se e o pai saiu de casa, tinha ela 11 anos e o irmão 9, contou o que quer que fosse. Em vez disso, continuou a ir passar fins de semana a casa dele e a ser violada.

"Eu talvez tivesse tomado a opção de publicar o livro com um prefácio de um especialista, um psicólogo ou um psiquiatra que contextualizasse os sentimentos da protagonista, mas não tenho dúvidas de que, se tivesse qualidade, o publicaria"
Safaa Dib, diretora editorial da Saída de Emergência

No livro de capa insuspeita que agora a conceituada editora norte-americana Farrar, Straus & Giroux publica, permite-se a confessar finalmente porquê: “Uma criança não pode escapar. E mais tarde, quando já podia, era tarde demais. O meu pai controlava a minha mente, o meu corpo, o meu desejo. Eu queria-o. Voltei para casa. Voltei para ter mais”.

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Será nesta admissão de culpa e desejo, acredita Safaa Dib, diretora editorial da Saída de Emergência, que reside grande parte da polémica que está a rodear o lançamento da obra, cujos direitos, ao que o Observador conseguiu apurar, não foram ainda vendidos para Portugal. Até porque o tema incesto é tudo menos novo, tanto na literatura ficcional — até portuguesa, com Os Maias — como nas narrativas não-ficcionais — em 1997 a romancista norte-americana Kathryn Harrison publicou o autobiográfico The Kiss (ver caixa) e entrou disparada para a lista dos mais vendidos.

Amor de pai

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Quando em 1997 publicou The Kiss, O Beijo na tradução literal portuguesa, Kathryn Harrison já tinha três romances editados mas ainda não era, como agora, uma “bestseller do New York Times”. Foi com as memórias sobre a relação incestuosa que manteve com o pai, que só conheceu aos 20 anos, que se tornou famosa.

Em O Beijo a autora conta a história verídica de como iniciou uma relação amorosa com o próprio pai, 17 anos mais velho, que a abandonara a ela e à mãe (que por sua vez também a abandonou, anos mais tarde) quando tinha meses.

Desde o momento em que o pai a beijou na boca à despedida após o reencontro até ao dia em que decidiu acabar a relação, de natureza sexual, passaram anos. Mais tarde explicaria que foi o medo de “perder o amor do pai” que a levou a compactuar com o abuso.

“Não tendo lido, percebi, por algumas críticas no Goodreads, que é um livro que incomoda ler, gráfico, desagradável, demasiado real, os sentimentos dela são muito crus e a forma como os descreve é algo a que não estamos habituados. Acho que o que chocou os leitores é ela ter admitido de forma tão aberta esse sentimento, que acho que tem qualquer coisa de Síndrome de Estocolmo e é tão complexo. Eu talvez tivesse tomado a opção de publicar o livro com um prefácio de um especialista, um psicólogo ou um psiquiatra que contextualizasse os sentimentos da protagonista, mas não tenho dúvidas de que, se tivesse qualidade, o publicaria. Até mais como forma de lançar a discussão; estes casos de incesto e de abuso sexual de menores são infelizmente muito reais, tratá-los de forma pragmática e dura talvez funcione como um wake up call. Isto tudo é um crime, é uma coisa hedionda, não é consentido. Ela só chegou àquele ponto depois de ser submetida a isto durante anos”, diz a editora editorial ao Observador.

Já sobre o estilo de linguagem do texto, para os admiradores “gráfica”, para os críticos “pornográfica”, Safaa Dib também não tem dúvidas: faz sentido. “Se a certa altura aquilo se tornou um prazer para ela até percebo a opção de utilizar uma linguagem mais forte, mais pornográfica.”

No Reino Unido, noticiou o The Sunday Times, foram vários os editores que se recusaram a participar no leilão para a aquisição do livro para o mercado britânico “por motivos de bom gosto”. Já os críticos literários, deste e do outro lado do Atlântico, dividiram-se e se há quem tenha dado 5 estrelas em 5 — “Enquanto crítico fiquei impressionado sobre quão bem foram escritas aquelas cenas horríveis”, escreveu Rich Smith na The Stranger; “A autora anónima é uma escritora forte, que estabelece uma espécie de desafio com o brio furioso da sua prosa”, elogiou Lisa Schwarzbaum na Newsweek –, muitos mais foram os que arrasaram a obra.

https://twitter.com/Jo_Livingstone/status/893512814324797440

New York Times, New Republic, Vice, Times, Independent — todos publicaram recensões críticas sobre The Incest Diary. Poucas foram tão duras como a do The Telegraph. “Aquilo que sei é que se um pedófilo por acaso ler The Incest Diary vai ter muito com que se deleitar. Não é só o sexo brutalmente explícito entre um pai e a sua filha, a começar quando ela é ainda uma criança e a prolongar-se até aos seus vintes; é o facto de a rapariga gostar do sexo e passar, com o tempo, a desejá-lo e até a provocá-lo”, pode ler-se num texto assinado por Allison Pearson. “O leitor que mais gostar do livro é pedófilo.”

“Estamos a publicá-lo porque acreditamos que é uma obra de arte”

Perante o nojo dos pares, Alexis Kirschbaum, diretora editorial da britânica Bloomsbury, chancela de J.K. Rowling e da saga Harry Potter, aproveitou e ficou com o título. “Este é o livro mais perturbador que já li, e não apenas pela natureza dos abusos que a autora revela. É o livro mais perturbador que já li porque o relato da autora é também uma crónica de prazer. Sinto-me muito desconfortável com isso. Eu sei que é um sintoma dos abusos a que ela foi sujeita, talvez seja até o mais insuportável sintoma de todos, uma pessoa encontrar prazer naquilo que a destrói. Decidi publicar este livro porque, depois de quase duas décadas neste ramo, sei quão raro é descobrir um livro que me incomoda ao ponto de ter de manter dúzias e dúzias de conversas sobre ele, algumas das mais interessantes que já tive na vida. Não conseguia deixar de pensar nele, nem parar de falar dele. Ainda não consigo. E não serei a única.”

O editor norte-americano de The Incest Diary, Lorin Stein, que além de funcionário da Farrar, Straus & Giroux (a chancela casa, entre muitos outros, de 22 Nobel da Literatura, Hermann Hesse, T. S. Eliot, Pablo Neruda, William Golding, Camilo José Cela, Nadine Gordimer e Mario Vargas Llosa incluídos) é também editor-chefe da revista literária The Paris Review, foi mais taxativo mas igualmente generoso. “Estamos a publicá-lo porque acreditamos que é uma obra de arte“, disse em comunicado enviado a acompanhar o press release a dar conta do lançamento.

Ao longo de 132 páginas, a autora descreve ao pormenor os abusos a que foi sujeita. Há passagens sobre a forma como o pai a fechava no armário, amarrada a uma cadeira, para depois a libertar, qual herói, e fazer tudo o que quisesse com ela. Há imagens perturbadoras, como a da ocasião em que a violência da violação encheu de sangue a banheira onde dessa vez foi consumada; ou a da manhã em que, teria 5 ou 6 anos, não consegue precisar, o pai já a obrigava a actos sexuais usando compota. E há descrições das brincadeiras que, ainda pequena, tinha quando estava sozinha no quarto: “Eu abusei das minhas bonecas. Os chifres do pentaceratops iam para cima e para baixo sobre os seus genitais de plástico. Cortei-lhe o cabelo. Pintei-o de verde e de vermelho, com corante alimentar. Decapitei-a. Odiava-a. Ela envergonhava-me; metia-me nojo”.

A passagem mais chocante talvez seja aquela em que a autora, hoje presumivelmente na casa dos 40 anos, descreve a última vez que teve relações sexuais com o pai. Mais do que consentido, o momento foi desejado e fantasiado ao longo dos vários dias da semana de férias que passou, com ele e com o irmão, na casa de família junto à praia, tinha 21 anos na altura. “Tive um orgasmo maior do que qualquer um dos que viria a ter no meu subsequente casamento de 12 anos. Não dissemos nada. Nem uma só palavra. Depois ele saiu da minha cama, saiu do quarto e foi pelo corredor até à sua própria cama. Nunca falámos sobre aquela noite.”

"É uma questão realmente difícil. Vale tudo? Quanto mais horrível melhor, porque vende mais? É uma questão que o editor tem de discutir, entre a pura exploração comercial de baixos instintos e a liberdade de expressão."
Zeferino Coelho, fundador e editor da Caminho

Zeferino Coelho, fundador da Editorial Caminho e editor histórico de José Saramago, embora não tendo lido The Incest Diary, não tem dúvidas de que por muito que existam “princípios gerais e morais que não se devem ignorar”, não é por isso que livros sobre temas sensíveis e polémicos devem ficar na gaveta. Bem pelo contrário: “Li há tempos um livro sobre um pianista também abusado sexualmente em criança. Não teria dúvidas nenhumas em publicá-lo, por exemplo. É um livro muitíssimo bem feito sobre uma experiência-limite. O autor tem direito a falar sobre isso, é uma questão de liberdade de expressão, e nós, os leitores, também temos direito a ler sobre o assunto. Tenho sérias dúvidas de que não falar sobre pedofilia ou não publicar livros sobre o assunto evita que surjam ou existam pedófilos. Esse argumento não me convence”.

Por outro lado, Zeferino Coelho também não nega que por muito que ao editor não caiba interferir no trabalho de criação do autor, em última instância é dele a responsabilidade de decidir se faz sentido ou não publicar um livro. “É uma questão realmente difícil. Vale tudo? Quanto mais horrível melhor, porque vende mais? É uma questão que o editor tem de discutir, entre a pura exploração comercial de baixos instintos e a liberdade de expressão.”

Ressalvando também não ter lido The Incest Diary — “admito que possa ser uma obra de arte, como admito que possa ser um pedaço de lixo” –, Francisco Camacho, diretor editorial da Esfera dos Livros, diz que a publicação de uma obra como esta espelha bem a necessidade do mercado de encontrar o próximo bestseller. “As editoras andam sempre à procura de um novo filão, e como não tem havido tendências muito marcadas no que toca a temas, há uma procura ainda mais acentuada por coisas que possam causar sensação. Acho que há espaço para tudo e que não se devem excluir temas à partida. Desde que ache que um livro tem qualidade e que há um público para ele, não vou exclui-lo porque não é culturalmente elevado, por exemplo. Aquilo que damos às pessoas são propostas de entretenimento — que podem ser mais elevadas ou mais ligeiras.”

Escrever um livro como forma de expiação

Neste caso, o facto de a Farrar, Straus & Giroux ter sentido necessidade de justificar a publicação de The Incest Diary estará relacionado, além de com o conteúdo polémico, com as questões que desde cedo começaram a surgir a propósito da misteriosa autora. Lorin Stein garantiu em comunicado não ter quaisquer “dúvidas sobre a honestidade dela e sobre a sua clareza de espírito” e revelou que o livro foi escrito como forma de expiação e partilha: “Ela acredita que se tivesse lido um livro como este ter-se-ia sentido menos só”.

"Hoje em dia não poder promover um livro é complicado. Tirando honrosas exceções, os livros não se vendem sozinhos e sem autores para darem entrevistas torna-se difícil. Nos últimos tempos, talvez o único caso em que isso aconteceu tenha sido o da Amiga Genial. Grande parte da promoção foi feita boca-a-boca."
Francisco Camacho, diretor editorial da Esfera dos Livros

À imprensa, editor e editora garantiram ter feito todas as diligências possíveis para apurar a veracidade do livro, entrevistas com amigos da autora e consulta de registos médicos incluídos. Não seria a primeira vez que um texto originalmente guardado na prateleira da não-ficção se revelaria um logro (ver caixa), mas não é esse o caso asseguram.

Memórias falsas

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Alguns críticos literários têm questionado a veracidade de The Incest Diary. Não seria a primeira vez que um editor era enganado.

  • O norte-americano James Frey publicou em 2003 A Million Little Pieces, onde contava a sua história de vida como alcoólico, toxicodependente e criminoso violento condenado. A autobiografia até se vendeu bem, até que dois anos depois Oprah Winfrey a escolheu para o seu clube do livro e aí, sim, traduzida em 22 línguas, foi catapultada para o primeiro lugar do top de não-ficção da Amazon e do New York Times — onde ficou durante 15 semanas. Com a fama, vieram as dúvidas, esclarecidas no início de 2006: grande parte do livro era mentira. O capítulo em que, alcoolizado e depois de fumar crack, abalroa um carro da polícia, reage com violência e é detido por agressão com arma letal, acabando sentenciado a 87 dias de cadeia? Na verdade recebeu apenas duas multas de trânsito, retificou o sargento da polícia local que o deteve, por conduzir sem carta e sob influência de substâncias proibidas. Uma Vida em Mil Pedaços foi publicado em Portugal um ano depois, pela presença. Categoria: romance.
  • Em 1995 a história pungente e aterradora de Binjamin Wilkomirski, um músico letão sobrevivente do Holocausto, enviado em criança para os campos de concentração de Majdanek e Auschwitz-Birkenau, comoveu o mundo, convenceu a crítica, arrecadou uma série de prémios e granjeou ao autor comparações com Primo Levi e Anne Frank. Três anos depois da publicação de Fragments, originalmente em alemão e depois traduzido para uma dúzia de línguas (português de Portugal não incluído), surgiram as dúvidas. A soldo dos editores do livro, um historiador especialista em anti-semitismo e no acolhimento de refugiados na Suíça durante e depois da II Guerra, para onde Wilkomirski dizia ter sido levado, investigou o caso. Descobriu que Binjamin Wilkomirski se chamava afinal Bruno Grosjean e em vez de ter nascido na Letónia era suíço.

Para Safaa Dib, o anonimato é muito provavelmente indicador não de mentira mas de outra coisa: “Acredito que se autora escolheu não assinar é porque já tem uma figura pública que quer preservar”.

Já Francisco Camacho diz que, por muito que “o fator mistério possa aguçar a curiosidade das pessoas”, também cria problemas no que toca à promoção da obra. “Hoje em dia não poder promover um livro é complicado. Tirando honrosas exceções, os livros não se vendem sozinhos e sem autores para darem entrevistas torna-se difícil. Nos últimos tempos, talvez o único caso em que isso aconteceu tenha sido o da Amiga Genial [primeiro tomo da tetralogia assinada pelo pseudónimo Elena Ferrante]. Grande parte da promoção foi feita boca-a-boca.”

Menos de um mês depois da publicação, The Incest Diary não está (para já?) em qualquer top de bestsellers. Se com a polémica vier também o sucesso, é bastante improvável que, tal como aconteceu com Elena Ferrante, não haja quem se lance na demanda pela verdadeira identidade da autora. Aí, e partindo do princípio de que tudo o que escreveu é verdadeiro, a anónima terá outros problemas com que se debater.

Dias depois de ter estado uma última vez com o pai, resolveu confrontá-lo com as quase duas décadas de abuso a que tinha sido sujeita. Em privado, o pai chorou e pediu perdão, mas no dia seguinte disse-lhe que tudo o que aconteceu tinha sido por culpa dela, que o tinha seduzido. A seguir, e antes que ela o fizesse, contou ao resto da família as “alegações” que a filha tinha feito. O avô paterno tentou interná-la num hospital psiquiátrico, uma tia telefonou-lhe no dia de aniversário a dizer que estava do lado do pai, o irmão chorou, foi-se abaixo e começou a falar em culpa e suicídio.

“Senti-me completamente responsável pelo colapso do meu irmão. Não conseguia vê-lo assim; de semana para semana parecia cada vez mais deprimido e ansioso. Tinha medo que ele se matasse. Por isso disse-lhe que não se preocupasse, que não tinha acontecido nada. Disse-lhe que outra pessoa é que me tinha violado. E o meu irmão começou a melhorar. Desde então nunca mais falámos sobre o assunto.”

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