Boa comida, vinhos ótimos e pessoas simpáticas. Lisboa e os lisboetas foram, por várias vezes, assim descritos. Parece que está no ADN da cidade e foi exatamente o que Bárbara Vidal, 39 anos, pensou. Com estudos e experiência acumulada na área do turismo, lançou-se à aventura e tentou concretizar um desejo antigo: unir a imagem-postal da capital, vista de um miradouro, aos vinhos que representam o país. Assim nasce a Wine With a View.

A ideia teve por base as food trucks (comida em venda ambulante) com que Bárbara se cruzou em Nova Iorque, onde a indústria não só é forte como também estilizada. Gostou do conceito e trouxe-o para terras lusas: foi junto ao Castelo de São Jorge que estacionou a motorizada Famel Tricarro  — da antiga fábrica portuguesa com o mesmo nome. Apesar de já não andar, foi totalmente restaurada e tem a bancada e o guarda-sol em cortiça. Mais importante, acolhe vinhos produzidos em diferentes regiões de Portugal.

Escolher o que provar não vai ser fácil: há três tipos de tintos e de brancos, mas também um exemplar de vinhos rosé e branco, além de moscatel, Porto e espumante. A maior parte das propostas resultam de uma parceria com uma empresa vinícola. Às propostas gastronómicas juntam-se alguns petiscos: queijo de ovelha de Nisa curado, queijo da Ilha, chocolates Cacao de Vine (próprios para harmonizar com vinho) e frutos secos da Boa Boca Gourmet.

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D.R.

Apesar de o conceito apostar com força no universo vínico, a mentora faz questão de dizer que este não é um wine bar e muito menos uma adega. O objetivo passa, então, por proporcionar uma degustação de vinhos enquanto o cliente passeia pelo Castelo de São Jorge, razão pela qual pode até levar os copos em policarbonato para casa.

Mas a Wine With a View é mais do que uma banca de rua — o projeto está incluído na Startup Lisboa, o que faz de Bárbara Vidal uma empreendedora. Quando questionada sobre projetos futuros, deixa escapar a vontade expandir o negócio dentro e fora da cidade. Mas não dá destaque a grandes ambições:”Abrimos há uma semana, ainda estamos a aprender e a tentar lidar com esta experiência, pelo que está tudo em aberto”.

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