A comissão promotora do Manifesto pela Erradicação da Pobreza, que reúne 156 pessoas, realiza esta terça-feira um cordão humano, em Lisboa, para denunciar os níveis “indignos” de aumento da pobreza, identificar as causas e apontar soluções.

Em declarações à agência, o coordenador nacional da comissão promotora explicou que o cordão humano pretende “trazer para a rua” os objetivos e a divulgação do movimento, criado em junho, e ajudar a erradicar a pobreza.

“Pretendemos realizar no Rossio, a partir das 18 horas, uma iniciativa denominada ‘De mãos dadas pela erradicação da pobreza’, juntando os promotores e um conjunto de outras pessoas que apoiam este manifesto […] e que pretende uma denúncia, um alerta, no sentido de identificar as causas, apontar caminhos e trilha-los em relação aos níveis de pobreza que estamos a atingir”, explicou João Bernardino.

O responsável adiantou que a iniciativa pretende igualmente questionar os “níveis insustentáveis e indignos do aumento da pobreza em todos os setores e em todos os estratos”, o aumento da pobreza versus a concentração da riqueza e falar sobre a pobreza como uma violação dos direitos humanos.

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“A Assembleia da República aprovou já uma resolução neste sentido e nós queremos fazer alguma força para que venha ao de cima esta realidade”, apontou.

O Manifesto pela Erradicação da Pobreza foi apresentado a 25 de junho pelas mãos de um grupo de pessoas que intervêm em diferentes áreas sociais e que estão em “permanente contato” com os dramas de milhares de portugueses.

“Este é o apelo e o protesto de quem recusa que a pobreza e a exclusão social sejam uma fatalidade para a maioria da população, e a riqueza uma bênção que apenas chega a alguns”, refere o manifesto, assinado, entre outros, por José Pitacas (economista), Manuel Figueiredo (presidente da Voz do Operário), Deolinda Machado (CGTP) e Inês Fontinha (Associação “O Ninho”).

A comissão promotora é composta por 156 pessoas de áreas como o ensino, as Instituições Particulares de Solidariedade Social, saúde, economia, ativistas sociais e religiosos, entre outros.