As companhias chinesas e japonesas começaram a “lutar” para conseguirem contratos de construção de linhas de comboio na Ásia, num mercado ferroviário em expansão, revela o diário japonês Asahi.

Consórcios de empresas dos dois países tomam medidas para assumirem posições de vantagem em futuros concursos de projetos na Ásia onde o crescimento económico e populacional levou ao planeamento de novos 10.000 quilómetros de vias de caminho-de-ferro em diversos países.

Um dos mais atrativos é o projeto de linha de alta velocidade que pretende cobrir os 350 quilómetros que separam a capital da Malásia, Kuala Lumpur, e Singapura em 90 minutos.

A linha, cujo concurso vai decorrer entre outubro e dezembro de 2015 segundo as autoridades malaias e cujo custo de construção se calcula em cerca de 9.260 milhões de euros, tem atraído, inclusivamente, empresas espanholas e francesas do setor.

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Executivos de consórcios japoneses viajaram para a Malásia em ações patrocinadas pelo Governo nipónico com o objetivo de pressionar as autoridades malaias para as vantagens do projeto japonês.

Por outro lado, a junta militar que controla o poder na Tailândia aprovou duas linhas internas de alta velocidade, enquanto o Vietname prepara os detalhes de uma via para a ligação da capital, Hanoi, com a maior cidade, Ho Chi Minh, e na Índia continuam os estudos para a ligação entre Bombay e Ahmedabad.

O jornal japonês refere que representantes de empresas e dos Governos dos dois países procuram sensibilizar os decisores dos projetos asiáticos para as vantagens dos seus consórcios.

No entanto, tanto a China como o Japão não possuem grande experiência internacional na exportação de tecnologia de transportes ferroviários já que os nipónicos apenas venderam vagões de alta velocidade a Taiwan e as empresas chinesas apenas participaram na construção parcial de uma linha na Turquia.