Os juros da dívida de Portugal estavam esta sexta-feira a subir a dois e a dez anos e a descer a cinco anos.

Cerca das 09h20 de Lisboa, os juros da dívida portuguesa a cinco anos aliviavam para 1,688%, contra, contra 1,696% do fecho da sessão na quinta-feira.

Na maturidade dos dez anos, por sua vez, os juros da dívida subiam para os 3,117%, acima dos 3,108% a que fecharam no encerramento do dia anterior e acima dos 3,020% de 27 de agosto, em que bateu mínimos de sempre.

Já a dois anos, estavam a subir no mercado secundário para 0,432%, contra 0,413% no encerramento da sessão de quinta-feira.

No caso da Espanha, os juros subiam em todos os prazos, enquanto os juros da Itália também estavam pressionados em todos os prazos no mesmo sentido.

Os juros da Irlanda, por seu turno, estavam a cair a dois anos para -0,013%, contra -0,021% no encerramento do dia anterior, mas subiam para 0,413% e 1,668%, respetivamente a cinco e dez anos.

Na Grécia, nas maturidades dos cinco e dez anos, os únicos prazos a que se negoceia dívida no mercado secundário, os juros subiam para os 4,640% e 6,167%, respetivamente.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, tem vindo a reiterar que está disponível para adotar mais medidas de expansão monetária.

Na quinta-feira voltou a dizer numa entrevista ao jornal lituano Verslo Zinios, que o BCE pode utilizar mais medidas não convencionais de política monetária se considerar que o objetivo da inflação está ameaçado.

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“Como disse no Parlamento Europeu na segunda-feira, estamos preparados para usar instrumentos não convencionais adicionais, no âmbito do nosso mandato”, salientou.

Draghi disse também que o BCE está disposto a alterar as suas intervenções, caso seja necessário para combater os riscos de um período demasiado prolongado de baixa inflação e alertou para o facto de a economia da zona euro poder passar por um período longo de crescimento económico baixo.

A 04 de setembro, o BCE reduziu a taxa de juro diretora para 0,05%, um novo mínimo histórico, e anunciou que vai lançar um programa de compra de dívida privada para apoiar o mercado de crédito e dinamizar a economia da zona euro.

A 17 de maio passado, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.

O programa de ajustamento solicitado por Portugal à ‘troika’ (Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor cerca de três anos.

Dublin, por sua vez, terminou a 15 de dezembro de 2013 o programa de ajustamento solicitado à ‘troika’ em 2010, no valor de 85 mil milhões de euros.