Mohsen Amir-Aslani foi executado por heresia e por insultar o profeta Jonas, conta o Guardian. O iraniano, de 37 anos, foi enforcado na semana passada sob a acusação de fazer “inovações na religião” e por “espalhar a corrupção na Terra”. Segundo ativistas dos Direitos Humanos, Amir-Aslani limitou-se a interpretar a história de Jonas como algo simbólico.

irao

Fotografia partilhada no Facebook da Aliança para os Direitos de Todas as Minorias

A Justiça do Irão nega que Amir-Aslani tenha sido executado devido a crenças religiosas. E, em vez disso, acusou-o de ter relações sexuais com pessoas que participavam nas sessões onde expressava a forma como interpretava o Corão.

“Mohsen organizou sessões na casa dele para recitar e interpretar o Corão. Ele tinha interpretações próprias [da religião] e publicou algumas dessas posições em forma de brochura/panfleto e tornou-o disponível para os seguidores”, revelou ao Guardian uma fonte da Campanha Internacional para os Direitos Humanos no Irão. Às acusações de desrespeito ao Corão juntaram-se as outras de práticas sexuais com diferentes parceiros, o que viola os princípios da religião daquele país.

Segundo o diário inglês, a Justiça iraniana apresentou poucas provas relativamente às relações sexuais e que o juiz que presidiu ao caso, Abolghassem Salavati, é conhecido por liderar julgamentos não muito justos, digamos. Existem até casos que culminam com a execução, tal como aconteceu com Amir Aslani. A mulher, Leila, teve esperança que a acusação caísse, mas em vão. Leila apoia a tese da execução pelas crenças religiosas e defende que não havia provas de que o marido praticava relações sexuais fora do casamento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR