Tem três filmes prontos a estrear no grande ecrã no outono, em território norte-americano — The disappearance of Eleanor Rigby, A Most Violent Year e Interstellar –, o que faz dela uma atriz do momento. Mas Jessica Chastain nem sempre esteve na ribalta. Numa entrevista à edição de novembro da Glamour conta que sofreu de bullying ainda em criança e que era chamada de feia. Hoje, aos 37 anos, serão poucas as pessoas que pensam assim.

“Todos os dias na escola diziam-me que eu era feia. E que ninguém queria ser meu amigo. As coisas mais horríveis. (…) Se eu puder fazer alguma coisa para ajudar jovens mulheres e ser uma cheerleader para as pessoas que, às vezes, têm uma baixa autoestima, então quero fazer isso”, disse.

Mesmo tendo o percurso dificultado enquanto crescia, a atriz garante que não desejaria ter chegado mais cedo à fama. “Eu seria um desastre. Se eu tivesse 19 anos e recebesse a atenção que estou a receber agora, acabaria por dizer coisas estúpidas. Ter-me-ia divertido mais. Todos estes jantares caros e as pessoas a darem-me champanhe? Todas estas coisas estúpidas pelas quais criticamos os jovens de 19 quando são famosos… eu teria feito o mesmo”.

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Foi apenas na casa dos 30 que o mundo passou a conhecer a mulher de cabelos ruivos acostumada a interpretar papéis pesados. A primeira participação num filme aconteceu apenas em 2008, mas bastaram seis anos para Chastain montar uma carreira de sucesso — já foi, inclusive, nomeada por duas vezes para os Óscares. Mais madura, a atriz está a preparar-se para um dos anos mais agitados de sempre, escreve a People, e não dá sinais de querer abrandar, com três filmes programados para 2015.

A curta (mas intensa) carreira no grande ecrã não lhe deixa inibida e chega a dizer que ambiciona a presença de mais atrizes e escritoras no universo em questão. “Apoio muito, muito, as mulheres em Hollywood. Eu adoro a Meryl Streep. Ela é uma atriz incrível. Mas sinto que ela é a única da sua idade que consegue estes papéis. Porque é que a Viola David não é protagonista num filme? Ela é uma das melhores atrizes vivas. E onde estão os atores [homens e mulheres] asiáticos? (…) Estou apenas a dizer ‘Vá lá, todos os homens que conheço adoram mulheres, então vamos ter histórias sobre estas mulheres também'”.

Já sobre a vida privada, Jessica mostra-se reticente. “Penso que é importante não falar sobre isso”, diz. No futuro, se tudo continuar no caminho certo, garante que poderá abordar o assunto com mais facilidade. Até lá, prefere não colocar pressão sobre algo tão “pessoal” e “precioso”: “Agora é demasiado delicado”.