Enquanto os passageiros norte-americanos celebram o facto de poderem utilizar os tablets e smartphones durante a fase de aterragem e descolagem dos voos, os comissários de bordo protestam. De acordo com o The Wall Street Journal, o maior sindicato de comissários de bordo mundial, o AFA-CWA, apresentou um processo contra a agência de aviação civil dos Estados Unidos da América (FAA) para mudar, novamente, as regras.

Os comissários de bordo queixam-se que, com a introdução da medida, os passageiros deixaram de ouvir as demonstrações de segurança antes da descolagem, houve pelo menos um tablet que foi projetado numa fase do voo com maior turbulência e argumentam que os aparelhos eletrónicos podem impedir a saída dos passageiros em caso de emergência.

O sindicato reclama que a mudança nas políticas exigia um “processo formal de elaboração de regras” por parte da FAA, mas para a entidade só era necessário que as orientações se mantivessem atualizadas.

A advogada Amanda Duré, representante do sindicato, explicou ao The Wall Street Journal, que a aterragem e a descolagem são duas das fases mais críticas do voo, com maior probabilidade de turbulência e ocorrência de acidentes. “Essencialmente, queremos fazer um reset e voltar à forma como os dispositivos eletrónicos pessoais eram tratados antes de outubro de 2013 [data da nova regulamentação]”, disse, acrescentando que poderiam aceitar a nova regra, desde que os aparelhos estejam arrumados.  Atualmente, é permitido que os passageiros mantenham gadgets mais pequenos nas mãos.

A ação judicial foi iniciada em dezembro de 2013, mas só foi tornada pública dez meses depois, a 10 de outubro de 2014. Contactada pelo The Wall Street Journal, a FAA recusou-se a tecer comentários sobre o assunto.

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