O parlamento iraquiano aprovou, este sábado, a nomeação de Salem al-Ghabban como ministro do Interior e Khaled al-Obeidi como titular da pasta da Defesa, resolvendo, assim, um impasse que durava desde 16 de setembro — depois dos nomes sugeridos anteriormente pelo primeiro-ministro Haidar al-Abadi terem sido recusados.

Esta é uma boa notícia para o país, depois de o Estado Islâmico (EI) ter garantido o domínio de grande parte do território iraquiano. Mesmo com os esforços conjuntos da coligação internacional e do exército daquele país, a ameaça terrorista está longe de estar neutralizada. Após meses de combate intenso e de bombardeamentos aéreos, a cidade de Amariya al-Falluja, situada a apenas 40 quilómetros de Bagdade, pode ser a próxima a ser tomada pela organização terrorista.

O Iraque é liderado, desde do dia 8 de agosto, por um governo de unidade nacional presidido pelo xiita Haider al-Abadi e por dois vices-primeiro-ministros das minorias sunita e curda, o que revela uma tentativa de sarar as profundas feridas que historicamente têm dividido o país e de aproximar os iraquianos na luta contra o EI. A escolha de um xiita para ministro do Interior, mas sobretudo de um sunita para a pasta da Defesa parece ser mais um passo nesse sentido.

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