A companhia Vortice Dance de Fátima, dos coreógrafos Cláudia Martins e Rafael Carriço, vai estrear em maio de 2016 um espetáculo no âmbito do centenário dos acontecimentos da Cova da Iria, anunciou o Santuário de Fátima.

Numa nota de imprensa, o santuário, que fez o convite à companhia, adianta que se trata de “uma obra coreográfica multidisciplinar alusiva à temática das aparições e da Mensagem de Fátima para apresentação em três espetáculos em maio de 2016 no anfiteatro do Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima, no contexto do programa celebrativo do Centenário das Aparições”.

Citados na mesma nota de imprensa, os coreógrafos consideram que se trata de uma “oportunidade de criar uma obra sobre Fátima, à luz de uma visão atual”. “Significa o podermos criar um espetáculo, com uma temática que nos toca de forma particularmente próxima e especial, pois vivemos aqui e, simultaneamente, recriarmos os factos históricos e a escala universal na qual Fátima se dimensiona”, referem.

Segundo a mesma informação, o espetáculo “abordará não só os principais momentos que marcaram a vida dos pastorinhos, mas também a forma como esses momentos e essa mensagem se refletem nas vidas de milhares de pessoas hoje, em todo o mundo”. “O processo criativo será marcado por uma mescla de linguagens, o espetáculo não estará apenas centrado no corpo e no movimento. A videografia, a música, a cenografia, os intérpretes funcionarão num conjunto que servirá a palavra, a mensagem que se desmultiplica em línguas e que atravessa o tempo, levando luz aos quatro cantos do mundo”, lê-se na nota de imprensa, adiantando que “será um espetáculo que refletirá sobre a luz de Fátima no mundo”.

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Após as apresentações em Fátima, a companhia tem intenção de fazer circular a produção internacionalmente, sendo que um objetivo é em maio de 2017 ser apresentada no Brasil. “Seria muito gratificante reunir condições logísticas e levar esta produção, que refletirá um pouco de nós e da nossa terra, a outros horizontes culturais e até religiosos. As artes performativas, além de questionarem e de transformarem, também podem ser um veículo de mensagens”, declaram os coreógrafos.

Este será o segundo trabalho da companhia de dança, criada em 2001, para o Santuário de Fátima. O primeiro teve lugar em 2006 com a peça “A Solo com os Anjos” que, após a apresentação em Fátima, “circulou em várias cidades no país tendo sido levada, a convite da Embaixada de Portugal em Marrocos, ao Teatro Mohamed V, em Rabat, e a Casablanca, ao Complexe Culturel Moulay Rachid”.

Este ano a companhia já se apresentou em Nova Iorque, Roménia, Brasil e Angola. Neste país montou uma produção exterior no mausoléu Agostinho Neto para a companhia de dança contemporânea de Angola. Fez ainda uma digressão na Península Ibérica e prepara-se para, na próxima semana, viajar até Xangai, na China.