O município vai também publicar o abono de despesas de representação dos membros do executivo, assim como a lista dos membros dos gabinetes da presidência e dos vereadores em regime de permanência e respetivas remunerações. Acresce, ainda, a lista dos trabalhadores autorizados a acumular funções públicas e privadas, incluindo o prazo e entidades, e os contratos de prestação de serviços (regime de avença e tarefa) celebrados e o respetivo montante.

Esta informação vai estar em www.cm-pombal.pt até 31 de dezembro e integra o pacote de medidas do Plano Municipal de Transparência que o presidente da câmara, o social-democrata Diogo Mateus, apresentou ao executivo.

À agência Lusa, Diogo Mateus afirmou que, “podendo qualquer pessoa consultar no Tribunal Constitucional a informação relativa aos eleitos, qual a diferença em publicá-la no portal do município, para ficar disponível para o cidadão que tem o direito a saber”.

O autarca defendeu que, se nesta matéria, “não houver um compromisso político das esferas mais altas, não adianta”, sustentando que “deve ser exemplar quem tem mais responsabilidade”.

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Considerando que medidas de transparência “ajudam a credibilizar a política” e aproximar dela os cidadãos, Diogo Mateus referiu a este propósito que, há cerca de um ano, quando tomou posse como presidente da câmara, fez referência à “circunstância de que, mais importante do que os resultados eleitorais, foi o desinteresse daqueles que não tinham ido votar”.

O plano municipal de transparência inclui, entre outras medidas, a disponibilização de informação sobre os órgãos autárquicos e respetivas funções, deliberações e reuniões, o código de ética da câmara, o relatório de observância do direito de oposição ou o número e tipo de reclamações e sugestões por serviço.

Os planos de obras públicas, ambiente, resíduos sólidos urbanos, educação e cultura integram-se, também, nos documentos que vão ficar acessíveis no “site” da câmara, onde os munícipes podem consultar, igualmente, a lista dos bens móveis ou imóveis administrados pela autarquia, dados em concessão ou cedidos para exploração.

A lista de iniciativas que o município quer publicar engloba a área da contratação pública, como os relatórios de avaliação de propostas para cada procedimento concursal e as propostas adjudicadas, mas também a divulgação dos contratos e dos pareceres, vistos e relatórios de auditoria das entidades de fiscalização.

As dívidas a fornecedores e respetivos períodos de mora, os resultados da discussão pública dos planos de ordenamento do território, uma síntese dos pareceres dos serviços de urbanismo sobre todos os empreendimentos imobiliários e/ou alteração dos projetos já construídos ou aprovados, ou a lista de permutas de terrenos com o município e de venda de terrenos municipais, respetiva localização e valor da permuta ou venda vão passar a estar na Internet.

“O nosso prazo mais dilatado para implementar as medidas é até 31 de dezembro de 2015. Nesta data, toda a documentação vai estar no ‘site’ da câmara para os cidadãos”, assegurou o presidente da autarquia.