São duas gerações de políticos que rodeiam o novo secretário-geral. Que perfazem o núcleo duro daquilo que deverá ser a próxima direção socialista. António Costa tem sido aconselhado por amigos de longa data, mais experientes, e também por mais jovens e recentes no partido. Aliás, tem sido tradição do líder do PS lançar jovens por onde tem passado, seja enquanto ministro da Justiça ou Administração Interna, seja na Câmara Municipal de Lisboa.
No núcleo de apoiantes, António Costa conta com os chamados jovens turcos. O grupo de quatro deputados, João Galamba, Pedro Nuno Santos, Pedro Delgado Alves e Duarte Cordeiro (este último agora vereador da Câmara Municipal de Lisboa) que assumiram o choque de frente com a anterior direção. Mas o distanciamento para a liderança de Seguro não foi apenas posição destes quatro deputados. O mesmo foi feito por Fernando Medina, Marcos Perestrello, João Tiago Silveira ou Carlos César, que foi dos primeiros a assumir estar do lado de Costa mesmo quando este fez o acordo com Seguro em 2013.
Do lado dos mais velhos, o distanciamento foi mais controlado e a coexistência foi mais pacífica. Vieira da Silva e Ferro Rodrigues continuaram no Parlamento num nível mais discreto. Algumas destas caras farão parte da futura direção do partido que sairá do congresso deste fim-de-semana, embora os estatutos do PS impeçam a acumulação de mandatos executivos no partido.