O Estado Islâmico prevê dispor de um orçamento de dois mil milhões de dólares [1,4 mil milhões de euros] em 2015 com o qual pagará despesas relacionadas com os respetivos guerrilheiros e famílias de militantes mortos em ações de guerra e terrorismo, de acordo com revelações de Abu Saad al-Ansari, líder religioso iraquiano, efetuadas à Al-Araby e citadas pela Newsweek.

A mesma fonte afirmou que a organização terá um saldo positivo de 250 milhões de dólares [181 milhões de euros] que poderá ser aplicado nos esforços militares que desenvolve em regiões da Síria e do Iraque que estão sob o seu domínio e que fazem parte das suas pretensões territoriais.

A Newsweek calcula que as receitas do Estado Islâmico rondarão seis milhões de dólares por dia e que o dinheiro é proveniente de atos de pilhagem, impostos, resgates de pessoas raptadas, petróleo e exportações realizadas através do mercado negro, além das contribuições de simpatizantes da região do Golfo Pérsico. Mas há analistas que duvidam da veracidade dos números que vão sendo conhecidos. É o caso de Charlie Winter, investigador num think tank londrino, a Quilliam Foundation, que considera um orçamento anual de dois mil milhões de dólares como “plausível” mas, provavelmente, “falso”.

Winter considera a revelação “interessante”, mas acrescenta que a informação não surgiu através de qualquer dos canais de informação que costumam ser usados pela organização terrorista. “É surpreendente que uma organização tão adepta do secretismo torne pública informação como esta”.

 

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