O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou que durante este ano serão alocados mais 50 milhões de euros para a resposta social.

Ao intervir durante a cerimónia de inauguração do lar de idosos de Ribeiradio, pertencente à Misericórdia de Oliveira de Frades, Mota Soares frisou que, com esta verba, o Governo pretende “comparticipar mais as respostas que existem” e dar “mais respostas que continuam a ser necessárias”. Tudo isto será feito “sempre num diálogo muito importante com as redes locais de intervenção social, com os conselhos locais de ação social”, para que não haja respostas duplicadas que “depois se tornam desnecessárias no futuro”, acrescentou.

Nas intervenções anteriores, quer o provedor da Misericórdia de Oliveira de Frades, Serafim Soares, quer o presidente da Câmara, Luís Vasconcelos, tinham pedido um maior apoio do Governo. Serafim Soares contou que a Misericórdia é a única instituição daquele concelho do distrito de Viseu que mantém um serviço de apoio domiciliário, tendo 120 utentes, mas recebendo apoio apenas para uma parte.”Estamos no limite. Não só não aguentamos mais, como não podemos alargar o apoio domiciliário a outros necessitados”, lamentou.

Já Luís Vasconcelos pediu um reforço do apoio à Misericórdia — que neste momento é a única IPSS do concelho, cobrindo 80% da população – e para outras duas instituições que vão nascer. “Sou daqueles que acredita firmemente que a resposta social em Portugal pode ser melhor, de maior proximidade, de maior qualidade e até muito mais sustentável quando é feita em parceria pelo Estado com as instituições sociais”, garantiu Mota Soares.

O ministro realçou que os portugueses “batem mais rapidamente à porta de uma Misericórdia, de uma IPSS, do que do Estado, quer ao nível local, quer central”. Segundo Mota Soares, este foi o Governo “que mais acordos de cooperação tem vindo a fazer com instituições sociais, que mais passou a resposta social para as instituições sociais”, sem deixar de ter “a sua enorme responsabilidade, nomeadamente do ponto de vista do financiamento”. “Em 2011 existiam pouco mais de 12.600 acordos de cooperação em Portugal. Hoje chegamos a cerca de 13.000”, frisou.

Ao inaugurar o lar de idosos de Ribeiradio — que representou um investimento de um milhão de euros — Mota Soares lembrou que o fez com mais de um ano de atraso. A cerimónia esteve marcada para setembro de 2013, mas à última hora o ministro viu-se impedido de comparecer. A data de inauguração que consta na placa não foi, no entanto, alterada.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR