Sites oficiais do governo alemão, incluindo o da chanceler Angela Merkel, saíram do ar na manhã desta quarta-feira após um suposto ciberataque, avança o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert. O grupo ucraniano CyberBerkut reivindicou a autoria do ataque exigindo que a Alemanha deixe de dar apoio político e financeiro ao governo do país. O grupo tem relações com o movimento separatista no leste da Ucrânia.

“O nosso servidor esteve sob um severo ataque que foi aparentemente causado por uma variedade de sistemas externos”, afirmou Seibert numa conferência de imprensa quando perguntado se hackers ucranianos eram responsáveis pelo ataque. Afirmou ainda que o objetivo do ataque era o de sobrecarregar os administradores dos sites do governo, como www.bundeskanzlerin.de, www.bundesregierung.dewww.cvd.bundesregierung.de. As páginas têm informações gerais sobre o governo alemão e discursos e podcasts de Angela Merkel, utilizados sobretudo pela imprensa.

O ataque aconteceu um dia antes do encontro em Berlim da chanceler alemã com o primeiro-ministro da Ucrânia, Arsiny P. Yatsenyuk, para discutir uma possível cooperação económica, avança o International Business Times.

Numa declaração em língua russa publicado no seu site, o CyberBerkut afirma que Arsiny P. Yatsenyuk está a pedir mais dinheiro à União Europeia para financiar uma guerra civil “que já levou milhares de vidas” e não para “recuperar a infraestrutura colapsada do país”.

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Sob o lema “We will not forget. We will not forgive”, o grupo Berkut já havia reivindicado uma série de ataques a três sites da NATO em março do ano passado. O seu nome é uma referência às tropas especiais que apoiaram o ex-presidente ucraniano Viktor F. Yanukovich, que abandonou o país em fevereiro do ano passado após semanas de protesto contra o governo.

O governo alemão não quis dar maiores declarações oficiais sobre o assunto e não confirmou se o grupo Berkut foi o autor do ataque.