Os pianistas Artur Pizarro e Adriano Jordão dão este ano concertos em Torres Vedras, respetivamente no sábado e a 10 de outubro, no âmbito da Temporada Darcos, atuando com orquestras sob a direção musical do compositor Nuno Côrte-Real.
Na sua oitava edição, uma vez mais organizada sob a coordenação artística do compositor Nuno Côrte-Real, natural de Torres Vedras, a Temporada Darcos apresenta oito concertos, dois dos quais dedicados a “Grandes Pianistas”. O primeiro concerto, no sábado à noite, leva ao Teatro-Cine da cidade o pianista Artur Pizarro e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, enquanto a 10 de outubro se juntam em palco o pianista Adriano Jordão e a Orquestra do Norte.
Sob a direção musical de Nuno Côrte-Real, vão ser interpretadas obras do compositor alemão Ludwig van Beethoven, recordando concertos intemporais, no primeiro caso o Concerto n.º5 para piano e orquestra, em Mi bemol maior, “Imperador”, que o próprio compositor apelidou “Grande concerto”, e o Concerto para piano nº3, em Dó menor, na segunda data. A temporada Darcos integra ainda concertos a 11 de março, 20 de junho, 02 de novembro e 12 de dezembro, com o grupo Ensemble Darcos, com a interpretação de obras de Mozart, Beethoven, Debussy, Nuno Côrte-Real, Barber, Schumann e Ravel.
A 05 de abril, é apresentada a ópera “Banksters”, de Nuno Côrte-Real, com libreto de Vasco Graça Moura, a partir da peça “Jacob e o Anjo”, de José Régio. Nesta obra, cujo título sintetiza as palavras “bankers” e “gangsters”, participam vários cantores portugueses, dos quais se destacam os solistas Luís Rodrigues, Dora Rodrigues e Mário João Alves, o Coro Ricercare, dirigido pelo maestro Pedro Teixeira, e o Ensemble Darcos, sob a direção musical do compositor.
Nuno Côrte-Real disse que pretende que “este espetáculo seja uma homenagem ao escritor, fazendo uma síntese dos mais importantes momentos da ópera, estreada no Teatro Nacional de São Carlos em 2011”. A 24 de maio, é apresentado o projeto “Lagarto Pintado”. Nuno Corte-Real explicou que, nesse âmbito, vai apresentar a sua obra “Cancioneiro infantil”, que reúne oito canções do imaginário musical infantil português, na qual participam centenas de crianças, através do Coro Infantil das Escolas Básicas do Concelho de Torres Vedras.
O Ensemble Darcos foi criado em 2002 pelo compositor Nuno Côrte-Real que, desde 2006, tem residência artística em Torres Vedras, onde realiza regularmente a Temporada Darcos, desde 2008, série de concertos de música de câmara, comentados por músicos e musicólogos portugueses. Artur Pizarro, um dos maiores pianistas portugueses da atualidade, com uma discografia repartida por várias editoras internacionais, tem 43 anos, foi discípulo do pianista Sequeira Costa e está radicado em Londres. Detentor de um Prémio Vianna da Motta, vencedor do Concurso Internacional de Piano de Leeds, entre outras distinções, Artur Pizarro tem-se apresentado em diversas salas internacionais de concerto, em festivais e atua regularmente em Portugal, nomeadamente na Gulbenkian, onde cumpriu a integral da obra para piano solo de Rachmaninov, no passado mês de dezembro.
Adriano Jordão, administrador do Teatro Nacional de São Carlos, tem sido premiado em diversos concursos nacionais e internacionais, colaborou com maestros como Alain Lombard e Sandor Végh, Silva Pereira e Álvaro Cassuto, e tem desenvolvido a sua carreira por toda a Europa, América do Norte e do Sul, África e Ásia e em capitais musicais como Nova Iorque, Paris ou Tóquio.
Nuno Côrte-Real é regularmente interpretado pela Royal Scottish Academy Brass, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble e a OrchestrUtópica, entre outras formações, além de solistas e maestros como Stefan Asbury, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, Paul Crossley, John Wallace, David Alan Miller, Mats Lidstrom, Paulo Lourenço e Cesário Costa.
