Amedy Coulibaly aparece num vídeo este domingo divulgado por contas de redes sociais ligadas a movimentos jihadistas. O terrorista afirma no vídeo ser um membro do autoproclamado Estado Islâmico e diz também que ele e os irmãos Kouachi, suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo, decidiram coordenar as suas ações terroristas. A identidade do homem do vídeo como sendo Coulibaly foi confirmada pela polícia e pela ex-advogada do mesmo.

(Este não é o vídeo original, uma vez que esse foi retirado do YouTube)

O vídeo, de sete minutos e dezasseis segundos, parece ter sido gravado em ocasiões diversas, uma vez que Amedy surge com diferentes roupas e em diferentes cenários à medida que vai respondendo a perguntas que aparecem no ecrã. É nessas mensagens escritas que Coulibaly é descrito como um “soldado do califado”, o regime que o grupo terrorista ISIS (agora autodenominado Estado Islâmico) instaurou em partes da Síria e do Iraque.

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“Nós fizemos algumas coisas juntos, outras coisas separados, de forma a causar mais impacto”, diz a dada altura, referindo-se aos irmãos Kouachi. “Sincronizámos [as ações]”, reitera. Mais à frente, uma outra pergunta surge: porque decidiu Coulibaly encetar os ataques? “É perfeitamente legítimo, amplamente merecido”, responde.

“Vocês e a vossa coligação bombardeiam-nos regularmente lá [na Síria e no Iraque], matam civis, matam combatentes… E porquê, porque impomos a sharia [lei islâmica]? São vocês que decidem o que se passa neste mundo? Não. Não deixaremos. Vamos lutar”, afirma.

No vídeo, Coulibaly reivindica a autoria do assassinato de uma mulher polícia na quinta-feira de manhã, o sequestro de um supermercado judaico na sexta-feira e ainda a explosão de um automóvel em Paris, que as autoridades ainda não têm a certeza onde terá ocorrido.