O líder comunista, Jerónimo de Sousa, relembrou hoje que o PCP é contra bases militares estrangeiras em território português, mas exigiu compensações aos Estados Unidos pela redução de efetivos das instalações açorianas das Lajes.

“Discordamos dessa implantação [de bases estrangeiras em território português]. No caso concreto, deve haver, por parte dos americanos, a devida indemnização e a construção de alternativas que não podem ser só o Estado português e a região autónoma a suportar”, defendeu o secretário-geral comunista, após uma reunião com elementos da Associação Intervenção Democrática, na sede comunista de Lisboa.

As autoridades norte-americanas anunciaram recentemente a diminuição de efetivos na base da Lajes, na ilha Terceira, em cerca de 500 militares e civis, além de outros tantos trabalhadores portugueses.

O presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, defendeu a revisão de todo o acordo com os Estados Unidos da América e não somente os aspetos técnicos e reúne-se ainda hoje com o Presidente da República para debater o assunto.

Segundo Jerónimo de Sousa, “mesmo saindo ou ficando com pouco, mas continuando a mandar ali naquela área”, algo “devia ser negociado com os Estados Unidos, procurando que, no plano das medidas económicas e sociais, isso não fique da responsabilidade do Estado português”, já que “não podem atirar apenas os custos dolorosos para a população da Terceira, a região e o país”.

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