O PS acusou nesta terça-feira o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, de se “apropriar de medidas decretadas pelo Tribunal Constitucional” (TC) e que “o Governo sempre combateu”, como o fim da contribuição extraordinária ou a devolução de 20% dos cortes. O deputado socialista João Galamba falava aos jornalistas no parlamento a propósito das declarações do vice-primeiro-ministro, que hoje em Aveiro disse que “as pessoas vão perceber nos recibos” de salários e pensões os sinais de recuperação da economia.

“A única boa notícia que os portugueses têm este ano, o fim da CES e a devolução de 20% dos cortes na função pública, foram uma obrigação imposta ao Governo e contra a estratégia do Governo pelo TC”, afirmou o também secretário nacional do PS. João Galamba acusou Paulo Portas de tentar iludir os portugueses “numa iniciativa de clara campanha eleitoral” e disse que estes “têm o direito de saber que quem devolve pensões e salários são as decisões do TC, que foram combatidas pelo Governo”.

“Esta maioria não tem uma boa tradição em campanhas eleitorais no que à verdade diz respeito, mas era importante não repetir os erros de 2011 e falar verdade aos portugueses”, considerou. Segundo Galamba, “a travagem da austeridade não é feita pelo Governo, mas contra o Governo”. “Fica mal a um membro do Governo apropriar-se de medidas que sempre combateu, nomeadamente de medidas decretadas pelo TC”, concluiu o deputado socialista.

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