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As três prioridades do novo ministro das Finanças, o marxista Yanis Varoufakis

Este artigo tem mais de 5 anos

Yanis Varoufakis será o ministro das Finanças da Grécia. O professor de Economia da Universidade de Atenas diz-se um "marxista errático". É um duro, mas garante não ter um "estilo conflituoso".

Yanis Varoufakis é um duro, mas garante não adotar um "estilo conflituoso" em Bruxelas.
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Yanis Varoufakis é um duro, mas garante não adotar um "estilo conflituoso" em Bruxelas.

Yanis Varoufakis é um duro, mas garante não adotar um "estilo conflituoso" em Bruxelas.

Resolver a crise humanitária na Grécia, atacar a oligarquia grega e renegociar as políticas económicas com os parceiros europeus. Estas são as três prioridades do novo ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis. O professor de Economia na Universidade de Atenas e autor de “O Minotauro Global” é um duro mas garantiu recentemente – antes de se saber que seria o escolhido de Alexis Tsipras para as Finanças – que o Syriza não deve adotar um “estilo conflituoso” nas reuniões com Bruxelas ou com Berlim. Yanis Varoufakis, que se confessa um “marxista errático“, garante que “uma saída da Grécia da zona euro não é um cenário em cima da mesa“.

As agências noticiosas internacionais adiantam que Yanis Varoufakis será o próximo ministro das Finanças da Grécia. Em entrevista recente ao britânico Channel 4, o professor de Economia da Universidade de Atenas elegeu as três prioridades para um Governo liderado pelo Syriza.

  • “Em primeiro, temos de lidar com a crise humanitária. É inconcebível que no ano de 2015 tenhamos pessoas que tinham empregos e casas e pequenos negócios e agora estejam a ir para a cama com fome à noite. É inaceitável que crianças estejam a fazer os trabalhos de casa à luz das velas, porque o fornecimento de eletricidade foi cortado porque o Estado, na sua sabedoria infinita, decidiu lançar um imposto sobre a riqueza cobrado através da fatura de eletricidade. Estas coisas custam muito pouco dinheiro e têm um efeito simbólico e moral muito importante”.
  • “A segunda coisa que precisamos de fazer neste país é reformá-lo. Reformá-lo profundamente. Reformá-lo de uma forma que ataque aquilo que chamo o pecado triangular que existe na Grécia. O pecado triangular na Grécia inclui as empresas fornecedoras de serviços que procuram alimentar-se de rendas estatais, os banqueiros e as empresas de media (comunicação social)”, controladas pela “oligarquia grega”. “Vamos destruir as bases sob a qual assenta a oligarquia que, década após década, suga a energia deste país“, promete Varoufakis.
  • “Em terceiro, renegociar com os parceiros europeus este contrato de empréstimo que tem sido prejudicial para toda a zona euro“. Varoufakis diz que, “assim que alguém do Syriza tiver o primeiro contacto com Bruxelas [agora, sabemos, será ele próprio, como ministro das Finanças] o que deverá fazer é falar a verdade sobre a insustentabilidade da dívida pública, sobre a enorme negação que marcou a forma como a Europa lidou com uma bancarrota no seu seio e com um problema relacionado com a arquitetura da zona euro”. E quais são as probabilidades de uma saída da Grécia da zona euro?”. “Zero“, respondeu Yanis Varoufakis, ao jornalista do Channel 4.

Yanis Varoufakis é um académico prolífico. Além de autor de múltiplos artigos académicos, publicou vários livros, com destaque para “O Minotauro Global: A América, as Verdadeiras Causas da Crise Financeira e o Futuro da Economia Mundial“. Tem também um blog pessoal onde discorre sobre “Pensamentos para um Mundo pós-2008”, o ano da crise financeira internacional. Está aqui o currículo integral de Yanis Varoufakis, o grego que se doutorou em Economia pela Universidade de Essex, no Reino Unido.

Nas últimas semanas, como apoiante do Syriza, deu várias entrevistas aos jornais internacionais, incluindo esta, traduzida em castelhano, ao El Mundo, em que dizia que “se a Grécia não crescer, um Governo liderado pelo Syriza não pagará a dívida”. Em junho de 2013, em entrevista ao Jornal de Negócios, garantia que “não há quaisquer dúvidas de que a dívida é insustentável e que irá haver uma terceira reestruturação”.

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