Em declarações à Lusa, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, referiu que a mulher foi presa em novembro do ano passado, juntamente com um cidadão israelita, por alegada posse de quase 1,5 quilos de haxixe. “Não sei se a droga estava na mala dela ou não”, disse o secretário de Estado.

A portuguesa, que é arquiteta, fez um pedido para ficar a aguardar o julgamento em liberdade, mas tal foi recusado. Através do consulado português em Goa, a mulher tem recebido apoio, desde visitas semanais, artigos de higiene ou dinheiro para fazer telefonemas.

O secretário de Estado disse não ter falado diretamente com a família da mulher, mas parentes seus já estiveram em Goa e têm estado em contacto com o cônsul naquela região indiana, Rui Carvalho Baceira.

Segundo o secretário de Estado, estes processos judiciais demoram normalmente algum tempo – podem passar dois ou três anos até que seja emitida a sentença. No entanto, geralmente o desfecho é a absolvição dos cidadãos de países ocidentais. Questionado sobre se o Governo realizou alguma diligência junto das autoridades indianas, José Cesário negou, referindo que “a única intervenção é ao nível do acompanhamento dos detidos”.

Há um outro português detido em Goa, também por alegada posse de droga, e que ainda aguarda julgamento.

O tráfico de estupefacientes é o principal motivo de prisão de portugueses no estrangeiro, referiu à Lusa José Cesário. Dos cerca de 1.500 cidadãos nacionais presos em cadeias noutros países, entre 800 a 900 foram condenados por este motivo.

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