Centenas de pessoas concentram-se este sábado junto ao aeroporto de Lisboa para demonstrar ao Governo o descontentamento face à decisão de privatizar a companhia aérea, numa iniciativa organizada pelo movimento “Não TAP os olhos”. Na primeira fila, trabalhadores da TAP e da Groundforce seguram cartazes a rejeitar a privatização da empresa e a manifestar o seu amor pela empresa, com frases como “I love TAP”, “TAP, orgulho nacional”, entre outras.
Entre os manifestantes, que se acotovelam debaixo da pala da entrada do aeroporto, surgem também folhas a pedir a demissão do ministro da Economia, Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, os dois responsáveis pelo processo de privatização da TAP.
Pelo meio dos presentes encontram-se figuras como o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, o deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, o advogado Garcia Pereira e o cineasta António Pedro Vasconcelos que lidera o movimento “Não TAP os olhos”.
O Governo relançou a privatização da TAP em novembro e já este mês aprovou em Conselho de Ministros o caderno de encargos, que define as condições para a venda de até 66% do capital do grupo até ao final do primeiro semestre.
No início de fevereiro será disponibilizada a restante informação económica e financeira sobre o grupo aos interessados, revelou na quarta-feira o secretário de Estado dos Transportes adiantando que estes terão que assinar um compromisso de confidencialidade para aceder aos dados que permitem perceber a realidade da TAP.