Portugal terminou 2014 com o desequilíbrio na sua balança comercial a agravar-se em mais de 925 milhões de euros, apesar de o terceiro trimestre ter sido mais positivo, com as exportações a crescerem mais e a maior ritmo que as importações.

Depois de três anos consecutivos a melhorar as suas contas externas, o ano de 2014 trouxe más notícias. O ritmo de crescimento das exportações de bens abrandou consideravelmente, de 4,5% em 2013 para 1,9% em 2014, e as importações de bens fizeram o caminho inverso, com uma acentuada subida: passaram de 0,9% para 3,2% em 2014.

O resultado foi este: o saldo da balança comercial piorou 925,8 milhões de euros, registando um défice de 10,6 mil milhões de euros no ano passado.

Com o piorar dos resultados em 2014, desce a taxa de cobertura. Ou seja, o que Portugal vende em bens ao estrangeiro já só chegava para pagar 82% daquilo que compra em bens ao estrangeiro. Em 2013, a taxa de cobertura era de 83,1%.

No final do ano as exportações voltaram a acelerar, impedindo um resultado mais negativo no total do ano. Segundo o INE, só nos últimos três meses do ano (em comparação com o mesmo período de 2013), as exportações de bens cresceram 4,6%, um ritmo superior aos 2% de crescimento nas importações. Isso permitiu inclusivamente uma redução do défice da balança comercial em 246,3 milhões de euros.

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