O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito (PS), vai solicitar proteção especial às forças de segurança, alegando ser vítima de “ameaças anónimas”, confirmou à Lusa o autarca. Humberto Brito considerou que as ameaças estarão relacionadas com a PFR Invest, empresa de capital municipal, em processo de insolvência e que tem dívidas de cerca de 50 milhões de euros.

Humberto Brito confirmou à Lusa o conteúdo do que escreveu, no domingo, na sua página pessoal na rede social Facebook, na qual pode ler-se:

“Não sendo pessoa de medos, mas para conhecimento de todos, dado os graves factos encontrados e que foram objeto de denúncia criminal às entidades competentes, informo publicamente os meus munícipes que, ao abrigo do programa especial de segurança, solicitei hoje mesmo proteção policial”.

Naquela rede social, o autarca acrescenta que no PS não se aceita “que o povo pague muitas das vigarices da PFR INVEST!”. “Doa a quem doer! O processo para a Procuradoria-Geral da República investigar atos de administração danosa, entre outros crimes, está em curso”, lê-se ainda. Sobre este assunto, o presidente da Câmara disse hoje à Lusa “nada ter a acrescentar” ao que escreveu no Facebook.

O autarca socialista foi eleito em setembro de 2013. O atual executivo herdou o passivo da PFR da anterior gestão social-democrata, para além de uma dívida superior a 70 milhões de euros da câmara municipal. A equipa liderada por Humberto comunicou, no início do mandato, às entidades judiciais, um conjunto de factos que indiciam irregularidades, segundo entendimento da gestão socialista. Em dezembro, inspetores da PJ estiveram nos paços do concelho a consultar documentos e ouvir autarcas e técnicos.

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