Dois cientistas franceses decidiram aventurar-se no mundo das pipocas e descobrir porque é que as pipocas fazem “pop”. As conclusões a que chegaram foram publicadas esta quarta-feira na revista Royal Society Interface, refere a BBC.

Recorrendo a câmaras de alta velocidade, que gravam 2.900 frames por segundo, Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenki puderam estudar cada detalhe do processo de rebentação de uma pipoca, que dura apenas alguns centésimos de segundos, e perceber o que acontece no interior do tacho.

A humidade existente no interior do milho começa a transformar-se em vapor quando a temperatura ultrapassa os 100º C, mas o processo só fica concluído quando são atingidos os 180º C. É nessa altura que, independentemente do tamanho ou do formato do grão, o milho rebenta, porque a pressão no seu interior aumenta. O vapor de água acumulado debaixo da casca é então libertado e o grão salta, batendo contra o tacho quente e lançando a pipoca alguns milímetros (ou mesmo centímetros) no ar.

E em relação ao “pop”? O som emitido pelo rebentar do milho não resulta do salto da pipoca, como geralmente se pensa. De acordo com o estudo, o som é emitido vários centésimos de segundos antes, quando o vapor de água é libertado. O “pop” é assim, provavelmente, o som da libertação do vapor que estava no interior da casca.

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