Sempre que Sócrates pedia dinheiro ao seu amigo e empresário, Santos Silva, socorria-se de subterfúgios para disfarçar o pedido. Um dos exemplos foi apanhado numa escuta que revela que o ex-primeiro-ministro pedia fotocópias quando precisava de uma quantia monetária. Também o momento da entrega do dinheiro, que terá sido captado através de vigilâncias, era feito discretamente, afastando a tese da defesa de que se trataria de um mero empréstimo pessoal.

Esta é a informação que, refere o Diário de Notícias na sua edição desta quarta-feira, consta na resposta do Ministério Público ao pedido de revisão das medidas de coação já entregue no Tribunal da Relação de Lisboa. Segundo o procurador titular do processo, Rosário Teixeira, caso o dinheiro tivesse sido emprestado não era necessário “usar linguagem cifrada”.

O advogado de Sócrates diz ao Diário de Notícias, recusando-se a aprofundar comentários, que tudo o que é alegado pode ser refutado.

O Correio da Manhã lembra que a revisão da medida de coação aplicada aos arguidos presos, no caso Sócrates e Santos Silva, e em prisão domiciliária, como o motorista João Perna, deve ser ocorrer de três em três meses, segundo a lei. Assim sendo, o juiz Carlos Alexandre deverá ser chamado a pronunciar-se ainda antes de o Tribunal da Relação de Lisboa decidir sobre o recurso. A medida deve ser reavaliada até 24 de fevereiro, quando perfaz os três meses. A Relação tem até ao fim do mês para decidir sobre os recursos

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