Cinco vigilantes de uma empresa de segurança privada de Leiria começam esta segunda-feira a ser julgados pelo crime de homicídio qualificado de que foi vítima um cidadão romeno em janeiro de 2012 nas imediações de uma discoteca da cidade. A um dos arguidos, uma mulher, está imputado também o crime de detenção de arma proibida.

No despacho de acusação, lê-se que pelas 05:30 do dia 2 de janeiro de 2012, o estrangeiro a residir em Portugal saiu da discoteca Alibi, tendo sido abordado por um dos arguidos que “o instou a deslocar-se para um local afastado da entrada do estabelecimento”.

Simultaneamente, o mesmo suspeito “fez um sinal gestual aos restantes arguidos que se encontravam nas proximidades, os quais rodearam” a vítima que obrigaram a deslocar-se “para o lado oposto da rua”, onde a agarraram, imobilizando-a pelos braços, “ao mesmo tempo que lhe desferiam socos e pontapés no abdómen, no peito, na cabeça e nos membros superiores e inferiores”.

Os suspeitos, com idades entre os 24 e 27 anos, que “trabalhavam à data dos factos como vigilantes da empresa de segurança Lexsegur”, abandonaram o local com o homem prostrado no solo, que foi encontrado por dois funcionários da discoteca.

Para o Ministério Público, em consequência de tais agressões, o cidadão, de 23 anos, “sofreu diversas lesões traumáticas” que lhe causaram a morte na tarde do mesmo dia, no hospital de Leiria.

Segundo o despacho, algumas horas antes da agressão, a vítima tinha entrado na discoteca, apesar de ter sido aconselhada pelo porteiro a não o fazer, dado que aos domingos iam ao “estabelecimento seguranças da Lexsegur” e de ter havido, uma semana antes, uma “altercação” entre a vítima e um amigo e dois dos arguidos num café da cidade, pelo que estes pretendiam “acertar contas”. O julgamento, no Tribunal Judicial de Leiria, está previsto começar às 09:30.

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