Acusado de recorrer a prostitutas em Bruxelas, Paris e Washington, Dominique Strauss-Kahn agradeceu esta sexta-feira em tribunal, na última audiência antes de ser conhecida a audiência, a oportunidade de falar e ser ouvido sobre o caso de proxenetismo de que está acusado. O desenlace deste caso, conhecido como “Carlton”, só chegará a 12 de junho, altura em que será proferida a sentença. O antigo líder do FMI pode ser condenado a 10 anos de prisão e a pagar 1,5 milhões de euros.

Durante as três semanas de julgamento, que decorreu em Lille, cinco das seis partes que acusavam Strauss-Kahn e outros homens de proxenetismo, desistiram do processo levando a que o próprio procurador Frederic Fevre pedisse que o caso fosse arquivado. O procurador disse mesmo que nada do que foi ouvido em tribunal ou a própria investigação apontavam para a culpa do ex-ministro francês.

“Durante estas audiências, foi a primeira vez que me pude explicar e sentir que alguém me estava a ouvir. Agradeço”, disse Strauss-Kahn esta sexta-feira em tribunal.

No julgamento, Strauss-Kahn manteve que não sabia que as mulheres que participavam nas orgias eram prostitutas. As mulheres, que apesar de terem desistido da ação entretanto, chegaram a testemunhar, acusaram-no de praticar atos de sodomia e relações sexuais forçadas. O desfecho deste caso será conhecido a 12 de junho.

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