A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou hoje que a conclusão do resgate “foi decisiva” para Portugal, mas alertou que não trava para já os custos económicos e sociais do ajustamento, defendendo que as reformas têm de prosseguir.

“A conclusão do programa foi decisiva, mas não afasta de imediato os custos económicos e sociais do ajustamento nem simboliza o culminar de um processo reformista, que tem necessariamente de continuar”, afirmou Maria Luís Albuquerque numa conferência organizada hoje pela revista britânica ‘The Economist’, que decorre num hotel em Cascais.

Num discurso de cerca de dez minutos durante o qual enumerou os progressos de Portugal e em que várias vezes comparou a situação atual do país com a vivida em 2011, a ministra de Estado e das Finanças disse também que o fim do resgate “não pode sobrepor-se ao facto de este ter sido o terceiro programa em 40 anos de democracia”.

Para Maria Luís Albuquerque, isto quer dizer que “as finanças públicas colapsaram por três vezes e por três vezes colocaram em causa a capacidade de financiamento do Estado”.

A governante defendeu ainda que estes “três difíceis períodos de ajustamento podiam ter sido evitados se a importância da sustentabilidade das finanças públicas tivesse sido reconhecida atempadamente”.

A ministra das Finanças concluiu a sua intervenção inicial a afirmar que “o sistema político exigiu um grande esforço dos portugueses porque não soube aprender com os erros anteriores”, reiterando que “existiu falta de responsabilidade perante o país” e que “isso jamais se pode repetir”.

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