O procurador Rosário Teixeira, responsável pela Operação Marquês, terá chamado ontem o advogado de José Sócrates para lhe transmitir que se mantêm os pressupostos da prisão preventiva do ex-primeiro-ministro, levando assim a que a medida de coação que lhe foi aplicada seja prolongada por mais três meses – o prazo legal permitido, conta esta manhã o Correio da Manhã.

Esta manhã, contactado pelo Observador, o advogado Pedro Delille – que representa Sócrates -, garantiu não ter sido notificado de qualquer decisão. “É completamente falso que isso tenha acontecido. E nunca seria o procurador a notificar-nos, mas sim o juiz de instrução”, disse.

Segundo o mesmo jornal, essa notificação terá sido feita por fax pelo juiz Carlos Alexandre, para a prisão de Évora, quando este rumava a Lisboa, onde foi segunda-feira ouvido como testemunha no âmbito de dois processos por violação do segredo de justiça. É possível, anota o jornal, que Sócrates não tenha recebido a notificação quando chegou ao estabelecimento prisional, dado que a secretaria da prisão estava já fechada. Informação que o advogado do ex-governante também desmente ao Observador.

Os argumentos para a prisão preventiva são o de perigo de fuga e de destruição de provas. Mantida a prisão preventiva, o recurso que o Tribunal da Relação tem em mãos mantém-se, embora esteja ainda pendente porque a defesa de Sócrates ainda não mandou a sua resposta ao parecer do Ministério Público, pedido pelo Tribunal da Relação.

P.S. Notícia alterada às 9h20, depois da resposta do advogado de José Sócrates.

 

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