790kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Conheça Teddy, o doador de órgãos mais jovem do Reino Unido

Este artigo tem mais de 5 anos

A criança viveu por 100 minutos e os seus rins foram doados a um paciente adulto com insuficiência renal. A história da criança ganhou as manchetes do país.

Captura de ecrã do bebé Teddy ao lado do seu irmão gémeo. Crédito: ITV/The Guardian
i

Captura de ecrã do bebé Teddy ao lado do seu irmão gémeo. Crédito: ITV/The Guardian

Captura de ecrã do bebé Teddy ao lado do seu irmão gémeo. Crédito: ITV/The Guardian

Cem minutos. Este foi o tempo em que Jess Evans e Mike Houlston, da cidade de Cardiff no Reino Unido, passaram ao lado do seu filho Teddy antes do falecimento da criança por anencefalia, uma má formação do cérebro que ocorre durante a formação embrionária. A história destes pais, comum a cada um entre 700 recém-nascidos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, podia ter um final triste, se não fosse pela sua decisão: doaram os rins de Teddy a um paciente adulto com insuficiência renal, tornando-o o bebé o mais jovem doador de órgãos de sempre do Reino Unido.

A história foi contada com pormenores esta quinta-feira pelo jornal The Guardian, após um ano da operação. Em janeiro deste ano, na altura do transplante, o Observador noticiou como o caso havia chamado a atenção do Reino Unido e ganha as páginas da revista científica Archives of Diseases in Childhood.

Em entrevista ao jornal inglês, Houlston explica a motivação da família. “Apesar de não ter estado muito tempo connosco, e que o tenhamos trazido para o mundo sabendo que não tinha esperança de vida, temos muito orgulho do seu heroísmo. Esperamos que a vida de Teddy inspire outros pais que se encontrem na posição de perder uma criança. (…). Ele viveu e morreu como um herói”, afirma.

No vídeo abaixo recuperado pelo The Guardian, Evans e Houlston contam como foram os primeiros momentos de vida de Teddy:

Angharad Griffith, a enfermeira que levou Teddy para a sala de cirurgia de transplante depois de este morrer, disse que o procedimento pode ser repetido em outros casos, apesar de o ceticismo das equipas médicas. “Sei que Jess e Mike acreditam firmemente que isso [a doação de órgãos de recém-nascidos] é algo que gostariam que outras famílias tivessem a oportunidade de fazer caso estejam na mesma posição. (…) Eles só acreditam que as famílias devem ter a escolha e deve ser algo considerado em circunstâncias semelhantes”, afirma à BBC Radio citada pelo The Guardian.

De acordo com Paul Murphy, médico do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, é raro que recém-nascidos sejam considerados para doação pelos próprios pais. Murphy confessa à publicação que desencorajou os pais de Teddy a fazerem a doação devido ao pouco tempo de vida do bebé, mas teve de encontrar uma maneira após a insistência da família. “Mike e Jess estavam determinados que deveria acontecer e, devido aos seus esforços, encontramos uma maneira”, explica. “Toda doação é inspiradora. É um ato altruísta de heroísmo. Mas a história de Teddy é excecional”, conclui.

Evans e Houlston tiveram filhos gémeos, mas apenas a Teddy foi dignosticado anencefalia. Durante o parto, o casal avisou aos médicos que gostava de passar alguns minutos com o filho, “mesmo que fosse por 10 minutos ou uma hora” e que isto os ajudou a tomar a decisão de doar os órgãos de Teddy. “Ajudou-nos saber que ele ajudou outra pessoa e também os médicos a perceberem que a doação por pequenos bebés é possível e é algo que pessoas como nós querem que aconteça”, assegura Houlston.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora