É verdade: o rosto central é precisamente igual nas duas imagens. Mas a perceção que tem das expressões de ambos pode dizer muito sobre a forma como funciona a sua mente. Foi para testar essa percepção, diferente de pessoa para pessoa, que o psicólogo social Takahiko Masuda construiu este desafio: em qual das imagens o boneco parece estar mais feliz?

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O psicólogo japonês fez esta pergunta a estudantes universitários norte-americanos e japoneses. Queria não só descobrir como funciona a perceção humana das emoções, mas também se ela variava entre ocidentais e orientais. E deu-se conta de que sim, informou na altura a Associação Americana de Psicologia: os japoneses deram maior ênfase ao contexto, isto é, para avaliar o estado de espírito de alguém costumam analisar também a expressão das pessoas que a rodeiam. Os norte-americanos tendem a ignorar essa informação e a olhar exclusivamente para o rosto de quem avaliam.

Por outras palavras: os japoneses diriam que a cara da direita parece mais infeliz quando comparada com a cara da esquerda, enquanto os americanos não olhavam para os bonecos colocados no fundo. E isso pode ser algo cultural, sublinha Masuda e seus colegas de investigação: “Os ocidentais podem ver as emoções como sentimentos individuais, enquanto os japoneses podem vê-las como inseparáveis dos sentimentos de grupo”, explicaram ao New York Times.

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Este teste foi retomado depois de um outro com princípio semelhante ter invadido as redes sociais. Existem dois rostos e o objetivo é dizer qual deles parece estar mais feliz. Ora veja:

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Dizem os sites que partilharam o exercício que quem escolhe a imagem A tem o lado esquerdo do cérebro dominante, o mesmo que controla a análise lógica. “O lado esquerdo do cérebro processa mensagens com linguagem, controla o conhecimento, análise e lógica”. Quem escolheu a imagem B parece ter “o lado direito do cérebro dominante”, o que controla o sistema nervoso autónomo e o “campo energético”, pode ler-se no teste. O motivo por detrás desta escolha não é explicado.