“É verdade…”, “realmente”, “na realidade”. São algumas das expressões que fazem parte do nosso vocabulário e que, sem nos darmos conta, usamos para tentar convencer alguém de alguma coisa, ou apenas porque queremos acrescentar uma pitada de credibilidade ao nosso discurso.

Mas os especialistas chegaram à conclusão que essas são, precisamente, algumas das expressões mais reveladoras de uma mentira ou omissão.

A partir da experiência de observação – quer de apresentações de vendedores e empresas sobre produtos, quer dos clientes e da forma como estes respondem a essas mensagens de marketing – os especialistas concluem que o recurso a essas palavras “extra” é desnecessário. E desaconselhado.

O recurso a palavras supérfluas leva o ouvinte a questionar, de forma inconsciente, se há uma informação implícita em causa.  Um exemplo: se entrar numa loja para comprar um aparelho e perguntar ao vendedor ‘Quantos aparelhos já vendeu?’ e a resposta for ‘Na verdade, vendi 100’, isso pode não ser muito credível.

Ao ouvir as  palavras “na verdade”, é capaz de desconfiar de que as vendas não devem estar a correr tão bem como lhe disseram. Isto, porque face a uma resposta deste tipo, o cérebro do ouvinte tem que decidir como resolver o conflito mental entre uma pergunta objetiva e uma resposta que introduz um fator de subjectividade. Se vendeu mesmo 100, porque não referiu apenas esse número?

A dúvida instala-se. E para um ouvinte experiente isso é um sinal de alarme que abala a sua credibilidade.

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