Cerca de duas centenas de familiares e amigos dos tripulantes do arrastão Olívia Ribau homenagearam hoje, junto ao rio Mondego, na Figueira da Foz, os cinco pescadores mortos no naufrágio de há uma semana.

Concentrados em grande maioria no molhe do porto comercial, de frente para o local do naufrágio, mas também no molhe interior sul do rio, os familiares lançaram flores ao rio Mondego, mas algumas pessoas voltaram a criticar a ação das autoridades no socorro aos náufragos, momento serenado pela entrada na barra de um arrastão, aplaudido pelos presentes.

“Lembrei-me disto para não deixar esquecer esta tragédia. É uma homenagem aos homens do mar que perderam a vida a 100 metros de casa”, disse aos jornalistas Eduardo Domingues, impulsionador da vigília, aludindo ao naufrágio que ocorreu junto ao molhe sul quando o Olívia Ribau entrava na barra, na passada terça-feira.

Eduardo Domingues afirmou que os “erros [no socorro às vítimas, alegação repetida pelos críticos mas recusada pela Autoridade Marítima] têm de ser reparados para o futuro, o mais rápido possível”.

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Manifestou-se ainda “aflito” por não estar à espera de “tanta gente” na homenagem e garantiu que para o ano, a 06 de outubro, data do naufrágio, os familiares e amigos, vão regressar ao local.

Quando o arrastão Scorpius, de Aveiro, passou no rio junto à vigília, apitou e os participantes acenaram, choraram e aplaudiram.

No final da vigília, cerca de três dezenas de familiares das vítimas rumaram para junto do edificio da Capitania, em novo protesto contra a operação de resgate.

No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima e cinco morreram.