Um avião da companhia Thomson Airways, que partira do aeroporto de Stansted (Londres), aterrou no aeroporto de Sharm el-Sheikh, no Egito, a 23 de agosto. Vinha carregado com quase 200 pessoas, quase todos turistas britânicos com férias marcadas nos resorts à beira do Mar Vermelho. Nenhum dos passageiros se terá apercebido que, poucos momentos antes, o piloto do avião detetou, a tempo, um míssil que vinha na sua direção e desviou-se. O episódio foi este sábado confirmado pelo governo britânico.

Foi por muito pouco – menos de 300 metros – que o avião da Thomson Airways não foi abatido por um míssil disparado perto do aeroporto egípcio. O piloto apercebeu-se a tempo do míssil que furava os ares e que vinha na sua direção. Tomou uma “ação evasiva”, confirmou o governo britânico, citado pela imprensa britânica, que permitiu evitar o que teria sido um desastre provavelmente fatal.

Era o voo TOM 476. O avião aterrou em segurança no aeroporto e os passageiros não souberam de nada. O Departamento dos Transportes (DfT) do Reino Unido confirmou que o incidente aconteceu mas garantiu que, na sua opinião, não se tratou de uma tentativa de abater o avião britânico. A razão poderá ter estado relacionada com exercícios militares egípcios.

“Investigámos o incidente relatado na altura e concluímos que não terá sido um ataque deliberado. Deverá ter estado relacionado com exercícios de rotina por parte dos militares egípcios que estavam na zona naquela altura”, informou um porta-voz do governo, citado pelo The Guardian.

Estão proibidos os voos britânicos para Sharm el-Sheikh, depois do desastre com a aeronave russa da Metrojet, no fim de semana passado, que matou 224 pessoas. As razões para esse incidente ainda não são claras. Ainda assim, as companhias aéreas estão proibidas de voar a uma altitude inferior a 26 mil pés na Península de Sinai, porque se receia que militantes do chamado Estado Islâmico possam ter artilharia capaz de abater um avião que voe a uma altitude inferior a essa.

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