A Sociedade do Porto de Lisboa comprometeu-se a não contratar mais trabalhadores externos até 29 de fevereiro, data em que devem fechar as negociações para o novo contrato coletivo de trabalho, e a promover a integração nos quadros de 23 trabalhadores, no acordo de paz social que permitiu que os estivadores suspendessem os pré-avisos de greve.

O acordo anunciado na sexta-feira pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e pela Administração do Porto de Lisboa, surgiu acompanhado das congratulações normais pela suspensão das ameaças de greve dos trabalhadores, que o faziam desde 14 de novembro e que se prolongavam até pelo menos 31 de janeiro.

Os trabalhadores ainda não tinham avançado para qualquer dia de greve, mas os atrasos que se faziam sentir levaram algumas empresas a cancelar descargas no Porto de Lisboa.

Na altura a ministra do Mar avançou que em troca deste acordo os trabalhadores iriam receber os créditos salariais relativos ao mês de dezembro até 18 de janeiro.

No entanto, o acordo de paz social alcançado envolve mais cedências aos trabalhadores do Porto de Lisboa. Entre elas está a integração no quadro da AEPTL, empresa de trabalho portuário do Porto de Lisboa, de 23 trabalhadores, e a não contratação pela PORLIS de mais trabalhadores até 29 de fevereiro, data marcada para a finalização das negociações do novo contrato coletivo de trabalho.

Os operadores comprometeram-se também a implementar uma regra em que nenhum trabalhador terá de fazer horas extraordinárias antes de todos os trabalhadores do Porto de Lisboa terem realizado um turno, a menos que por uma questão geográfica ou de função isso não seja possível.

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