A Vanity Fair lançou esta semana a edição Hollywood, uma iniciativa que ano após ano reflete sobre um dos assuntos mais discutidos da indústria cinematográfica no ano da publicação. Em 2016, a fotógrafa Annie Leibovitz debruçou-se sobre o tema incontornável da cerimónia dos Óscares, que se avizinha a passos largos: a falta de diversidade de género, de etnia e etária que muitos nomes sonantes do cinema sublinharam quando prometeram boicotar a maior festa do cinema de Hollywood.
A capa – desdobrável em três partes – tem Jane Fonda, Cate Blanchett, Jennifer Lawrence e Viola Davis na face principal. A intenção é explícita: colmatar aquilo que os responsáveis pelos Óscares não terão conseguido. E conseguiram-no, no sentido em que Annie Leibovitz colocou uma mulher negra na capa da revista pela primeira vez desde os últimos 17 anos e a uma mulher negra com menos de 30 anos pela primeira vez na história da Vanity Fair.
Objetivo cumprido? Nem por isso, escreve o The Guardian. O jornal britânico afirma que as boas intenções de Annie Leibovitz – e da própria Vanity Fair – valeram à revista um tiro ao lado na missão da edição de Hollywood. Mesmo tendo outras atrizes negras, como Lupita Nyong’o e Gugu Mbatha-Raw, nas restantes partes da capa desdobrável. O Observador explica-lhe o que falhou no mapa interativo aqui em baixo.