A fêmea de lince-ibérico Myrtilis, que tinha sido libertada na natureza, no Alentejo, no passado mês de janeiro, foi encontrada morta na terça-feira, informou esta quarta-feira o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Myrtilis “foi encontrada morta, pela equipa de campo do ICNF, numa zona próxima do local de solta, no decurso da monitorização dos animais reintroduzidos na região de Mértola”, explicou o instituto, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo o ICNF, o cadáver de Myrtilis vai ser encaminhado para a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa para realização de necropsia e apuramento das causas da morte, as quais “são ainda desconhecidas”.

Myrtilis é o segundo exemplar de lince-ibérico encontrado morto de entre os 16 animais já libertados no Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho de Mértola, no distrito de Beja, desde dezembro de 2014, quando começou a libertação de exemplares da espécie em território português. Esta medida entra no âmbito do projeto de Recuperação da Distribuição Histórica do Lince-Ibérico em Espanha e Portugal, “LIFE+Iberlince”.

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A fêmea Kayakweru, que tinha sido libertada na natureza em fevereiro de 2015, no âmbito da 1.ª época de reintrodução de lince-ibérico em Portugal, foi o primeiro exemplar a ser encontrado morto, em março daquele ano, depois de ter sido vítima de envenenamento.

Myrtilis fazia parte do grupo de três linces ibéricos, duas fêmeas e um macho, que tinham sido libertados na natureza, no dia 25 de janeiro deste ano, no âmbito da 2.ª época de reintrodução da espécie em Portugal.

Com a morte de Myrtilis, desce de 16 para 15 o número de linces ibéricos a viver livres na natureza, no concelho de Mértola, desde dezembro de 2014, no âmbito do projeto “LIFE+Iberlince”.

No âmbito da 2.ª época de reintrodução da espécie em Portugal, que prevê a libertação de um total de nove linces-ibéricos este ano no concelho de Mértola, já foram libertados sete animais. As fêmeas Myrtilis (encontrada morta esta terça-feira) e Mirandilla e o macho Monfragüe, foram libertadas no dia 25 de janeiro, a fêmea Macela, no dia 08 de fevereiro, e as fêmeas Mesquita e Malva e o macho Mel, no dia 19 de fevereiro.

No âmbito da 1.ª época de reintrodução da espécie em Portugal, que arrancou em dezembro de 2014 e decorreu até maio de 2015, foram libertados, no concelho de Mértola, 10 linces-ibéricos, mas só nove estão vivos, devido à morte da fêmea Kayakweru.