Juan Pedro Damiani, membro do comité de Ética da UEFA demitiu-se esta quarta-feira. Quando o seu nome apareceu na polémica que tem agitado várias figuras públicas por todo o mundo, os Panama Papers, a UEFA abriu um inquérito interno, avança a TSF. O uruguaio já estava envolvido num processo judicial nos Estados Unidos pela ligação de negócios que tinha com um ex-vice-presidente da FIFA, acusado de corrupção pela justiça norte-americana.

A polícia suíça esteve esta manhã na sede da UEFA devido aos contratos celebrados com empresas offshore, denunciados pelos Panama Papers. O acordo, que diz respeito a direitos de emissão da Liga dos Campeões, terá sido celebrado por Gianni Infantino, atualmente presidente da FIFA mas que em 2006 era o diretor do departamento jurídico da UEFA.

Segundo avançou a UEFA, a polícia suíça esteve nos seus escritórios em Nyon com um mandato que exigia a apreensão dos contratos entre a UEFA e Cross Trading/Teleamazonas, denunciados pelos Panama Papers que revelaram 11,5 milhões de documentos da Mossack Fonseca. A organização garante que está a “cooperar completamente” com a polícia e está a dar todos os documentos que estão na sua posse.

Na terça-feira, o atual presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi no envolvido nos chamados Papéis do Panamá, uma lista que contem nomes individuais e de empresas que administram o seu património em empresas ‘offshore’.

Segundo as informações divulgadas, enquanto dirigente da UEFA, Infantino terá intermediado um negócio de cedência de direitos televisivos com uma sociedade ‘offshore’, por um montante bastante abaixo dos valores de mercado.

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