O presidente do conselho de administração de um banco regional austríaco posto em causa no caso Papéis do Panamá pelas ligações ao oligarca russo Guennadi Timchenko apresentou hoje a demissão, assegurando, porém, que a instituição não cometeu qualquer infração.

Liderado desde 2012 por Michael Grahammer, 51 anos, o Hypo Vorarlberg, um pequeno banco público, é suspeito de ter permitido que Timchenko, próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, tivesse efetuado operações de branqueamento de capitais nas ilhas Virgens, um “paraíso fiscal”.

Num comunicado, Grahammer, que já era funcionário de topo no banco desde 2004, assegurou estar “convencido a 100%” que o Hypo Vorarlberg “nunca, em momento algum, infringiu a lei ou as sanções”.

A demissão, a primeira na Áustria desde a publicação, no domingo, da gigantesca investigação sobre “paraísos fiscais”, conhecidos já por Papéis do Panamá, ocorreu depois de a autoridade financeira da Áustria, FMA, ter aberto um processo de investigação às alegações visando o banco.

O escândalo do caso Papéis do Panamá já provocou a demissão do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Davío Gunnlaugsson.

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