“Os estragos relatados e apresentados nos meios de comunicação social são compatíveis com a ocorrência de um tornado na região. Uma análise mais aprofundada dos impactos e observações permitirá efetuar uma classificação mais detalhada do fenómeno, em particular, de qual a sua intensidade”, pode ler-se no comunicado emitido pelo IPMA durante a tarde deste domingo.

O IPMA realçou “que, tratando-se de um tornado, a sua intensidade será definida na escala de Fujita (entre F0 e F5) ou na escala de Fujita modificada, chamando-se à atenção que não existe uma classificação de minitornado”.

De acordo com a descrição do instituto, “na região de Vila Chã, em Vila do Conde, próximo das 08h00 locais deste domingo, verificaram-se estragos em estruturas, na sequência da passagem de uma superfície frontal fria de forte atividade, com supercélulas embebidas”.

vila Conde tornado

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Por volta das 07h40, o tempo estava “relativamente calmo”, segundo a descrição do produtor de leite José Carlos Passo, que contou à Lusa ter ouvido um trovão, a que se seguiu um estrondo.

“Estávamos na ordenha da manhã, ouvimos o estrondo, viemos à vacaria ver o que se passava e era uma nuvem de pó”, disse o proprietário da vacaria construída em 1988 e ampliada várias vezes desde então, que sublinhou que o seu caso é menos grave do que o dos dois vizinhos que também foram atingidos por aquilo a que chamam um “minitornado” com consequências na ordem das dezenas de milhares de euros.

Em nenhuma das três propriedades houve pessoas feridas, mas numa das vacarias “um ou dois animais” sofreram ferimentos superficiais, tendo uma parede chegado a ser derrubada pela força do vento.

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