Dois metros e vinte de altura por um quilómetro de comprimento. São estas as dimensões do muro metálico que já começou a ser erguido na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para evitar confrontos entre os apoiantes os opositores de Dilma Rousseff, na semana da votação do impeachment da Presidente brasileira. Do lado sul ficarão os pró-impeachment e do lado norte os manifestantes que defendem a continuação de Dilma.

Essa barreira — que ficará de pé até ao dia 15 ou 17 de abril, que é quando está prevista a votação do impeachment da mandatária na Câmara dos Deputados — terá ainda uma cerca a toda a volta que permitirá formar um corredor com 80 metros de largura, até ao Congresso, por onde apenas poderão circular forças de segurança.

O muro faz parte do plano apresentado no sábado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que estima que estejam presentes no local até 300 mil manifestantes. Além desta medida já foram anunciadas outras. Serão, por exemplo, proibidos acampamentos no local e a polícia militar vai revistar um a um, cada manifestante. Os manifestantes não poderão levar para o local nem objetos cortantes, nem máscaras, nem balões, nem bonecos, escreve a Folha de São Paulo.

A partir do dia 14, haverá também restrições no acesso à Câmara dos Deputados que ficará aberta apenas a parlamentares, prestadores de serviço e credenciados, como, por exemplo, jornalistas. Com exceção dos próprios deputados, todos terão que passar por detetor de metais.

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