As economias da China e do Japão devem desacelerar de forma acentuada nos próximos dois anos mas o crescimento da Ásia vai continuar forte, com a procura doméstica a compensar o fraco comércio global, disse hoje o FMI.

Medidas de estímulo governamentais, a descida do preço das matérias-primas e desemprego reduzido vão ajudar à expansão regional, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI), incentivando os líderes nacionais a avançarem com reformas.

No entanto, o FMI alertou também para vários desafios externos, como o enfraquecimento das economias desenvolvidas e do comércio global e o aumento da volatilidade dos mercados financeiros globais.

Desde a última análise à região em outubro, os mercados globais revelaram-se mais voláteis, com as preocupações em relação à economia da China e a queda dos preços do petróleo a terem impacto nas ações em janeiro e fevereiro, que desvalorizaram em biliões de dólares. Apesar de uma ligeira recuperação desde março, os investidores continuam reticentes.

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“A Ásia continua a ser a parte mais dinâmica da economia global mas enfrenta severas adversidades devido à lenta recuperação global, ao fraco comércio global, e ao impacto a curto prazo da transição de crescimento da China”, disse o FMI.

“Para fortalecer a sua resiliência aos riscos globais e continuar a ser uma fonte de dinamismo, os dirigentes da região devem avançar com reformas estruturais para aumentar a produtividade e criar espaço fiscal, ao mesmo tempo que apoiam a procura”, indica o Fundo.

O FMI previu que o crescimento da Ásia fosse de 5,3% este ano e no próximo, menos que a estimativa anterior de 5,4%.

A economia da China, a segunda maior do mundo e impulsionadora do crescimento global, deve expandir 6,5% este ano e 6,2% em 2017.