José Veiga vai passar de prisão preventiva para prisão domiciliária, noticia a revista Sábado.

O ex-diretor do Benfica, ex-empresário de futebol e agora ligado a negócios no Congo, tinha sido detido no passado mês de fevereiro, juntamente com Paulo Santana Lopes, irmão de Pedro Santana Lopes, no processo Rota do Atlântico. É suspeito de corrupção ativa no comércio internacional, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

Ao que o Observador apurou, o Tribunal da Relação de Lisboa aceitou esta quarta-feira um recurso apresentado pela defesa de José Veiga, a cargo do advogado Rogério Alves.

O causídico alegava que a prisão preventiva de Veiga decretada pelo Tribunal Central de Instrução Criminal por promoção do Ministério Público, tinha sido aplicada em condições de desigualdade face aos restantes arguidos.

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Isto porque Paulo Santana Lopes, co-arguido no mesmo processo juntamente com Veiga, tinha ficado logo em fevereiro em prisão domiciliária, sendo esta substituível por um caução de cerca de um milhão de euros. O irmão de Pedro Santana Lopes já procedeu ao depósito dessa caução, tendo sido libertado, ao que o Observador apurou.

Foram precisamente estas as condições que a Relação de Lisboa veio agora estabelecer para José Veiga.

O ex-empresário de futebol deverá ser conduzido ao seu domicílio nas próximas horas. Quando depositar a caução de cerca de um milhão de euros, ficará imediatamente em liberdade, sujeito às mesmas medidas de coação de Paulo Santana Lopes: proibição de contactos com os restantes arguidos, obrigação de se apresentar regularmente no posto policial mais perto da sua residência e proibição de viagens para fora do território nacional.