Nathalie, de 29 anos, que estreou em março o álbum “Fado além”, e Celeste Rodrigues, de 93 anos, criadora de êxitos como “A lenda das algas”, estreiam-se neste evento, que, segundo a organização, junta “diferentes gerações de intérpretes, num ambiente intimista”, sendo todos os fadistas acompanhados por José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Daniel Pinto, na viola baixo.

A Grande Gala Carlos Zel, no dia 21 de junho, no salão preto e prata do casino, é uma homenagem ao fadista falecido em fevereiro de 2002, que foi responsável, desde novembro de 2000, pelas “Quartas de Fado” no Casino.

Carlos Zel pisou os palcos durante cerca de 30 anos. Iniciou a carreira em 1967 e editou cerca de três dezenas de discos, entre álbuns e EP. O último álbum foi editado postumamente, em 2010, e recuperava gravações feitas durante o ciclo de espetáculos dirigido pelo fadista no extinto Wonder Bar, no Casino, entre 2000 e 2002.

“A 15.ª Grande Gala do Fado-Carlos Zel reúne diferentes gerações, conciliando alguns dos mais carismáticos nomes do meio fadista com outros jovens talentos já com créditos firmados no panorama nacional”, atesta a Estoril Sol.

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Tanto Camané como Ricardo Ribeiro, venceram duas grandes noites do fado de Lisboa, em juniores e seniores, e os dois fadistas receberam, por mais de uma vez, um Prémio Amália.

Camané editou há cerca de um ano o álbum “Infinito Presente”, no qual canta dois fados de autoria do seu bisavô, José Júlio Paiva e um inédito de Alain Oulman, com letra de Manuela de Freitas, “A correr”, entre outros temas.

Ricardo Ribeiro editou este ano “Hoje é assim, amanhã não sei”, em que, entre outros fados, interpreta “Nos dias de hoje”, com letra e música de Tozé Brito, e “Portugal”, um poema de Mário Raínho, que interpreta no Fado de João Maria dos Anjos.

Gisela João foi distinguida com os prémios José Afonso e Revelação Amália Rodrigues, ambos em 2014, e participou nesta gala no ano passado.

Carlos do Carmo, de 76 anos, criador de temas como “Canoas do Tejo”, “Por morrer uma andorinha”, “Pontas soltas” ou “Os putos”, é o único artista português distinguido com um Grammy Latino Carreira (2014).