A direção do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, em Leiria, esclareceu hoje que, até à data, a instituição não foi notificada de que esteja a ser investigada por alegada pressão sobre os alunos para a defesa do contrato de associação.

A Inspeção Geral da Educação e Ciência (IGEC) instaurou um processo de averiguações a dois colégios, por alegadamente terem pressionado alunos a participar em iniciativas de defesa dos contratos de associação com o Estado.

“Relativamente a esta temática, atendendo aos elementos recebidos pela IGEC: Confirma-se a instauração de averiguações no Colégio Conciliar”, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Educação.

“Até à data, o Colégio não foi notificado nem pela IGEC, nem por qualquer outra estrutura do ministério da Educação”, esclareceu esta tarde a direção da entidade, em nova enviada à Lusa.

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“Nem a direção do Colégio, nem a direção da Associação de Pais receberam qualquer queixa de pais sobre manipulação ou ‘instrumentalização’ de alunos no respeitante a atividades levadas a cabo pelo núcleo de ação do Colégio do Movimento Defesa da Escola Ponto. Pelo contrário, houve mensagens de apoio e muita adesão à luta travada pelas escolas com contrato de associação”, acrescentou.

A direção recordou que a Associação de Pais “já teve ocasião de repudiar publicamente a informação veiculada num jornal local, na edição de 26 de maio, tendo por base denúncias anónimas”.

O Diário de Notícias noticiou hoje que a ação inspetiva decorre na sequência de denúncias segundo as quais os colégios estariam a pressionar alunos e famílias para participarem em protestos contra os cortes de financiamento anunciados pelo governo.

A decisão de reduzir o financiamento aos colégios inseridos em zonas onde existam escolas públicas com capacidade disponível tem motivado vários protestos.

Aproveitando a realização do Congresso do PS, em Lisboa, dezenas de pessoas protestaram hoje à porta da Feira Internacional de Lisboa (FIL), em defesa dos contratos de associação.

Na sexta-feira, foi a vez de a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) levar mais de 71.000 assinaturas ao parlamento em defesa da escola pública, recolhidas junto de cidadãos “com capacidade eleitoral”, como frisou o secretário-geral da estrutura sindical, Mário Nogueira.