Os Estados Unidos e a Geórgia assinaram esta quarta-feira em Tbilissi um acordo de segurança bilateral destinado a reforçar as capacidades de defesa deste pequeno país do Cáucaso e ex-república soviética, que tem manifestado inquietação face à Rússia.

A assinatura deste “memorando sobre o reforço das relações de defesa e de segurança entre os Estados Unidos e a Geórgia” decorreu durante um encontro entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o primeiro-ministro georgiano Guiorgui Kvirikachvili.

Esta parceria de defesa, precisou o Departamento de Estado, “reafirma e alarga a cooperação em matéria de defesa e de segurança entre a Geórgia e os Estados Unidos”.

“A nossa parceria é inquebrantável e determinada (…). O povo georgiano escolheu e pretende um futuro euro-atlântico. Os Estados Unidos apoiam esse objetivo”, disse John Kerry durante a assinatura do acordo.

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Na resposta, o chefe do Governo de Tbilissi considerou que a visita de Kerry “reforça as nossas relações bilaterais”, e definiu a parceria como “indispensável para o reforço da segurança e as capacidades de defesa da Geórgia”, que com frequência se refere aos eventuais objetivos expansionistas do seu vizinho russo.

O chefe da diplomacia de Washington efetua uma visita de dois dias à Geórgia antes de se deslocar à Ucrânia, com o objetivo de assegurar aos dois países ex-soviéticos o apoio da NATO antes da cimeira da Aliança na Polónia.

Kerry deve ainda encontrar-se em Tbilissi com o Presidente georgiano Guiorgui Margvelachvili, que com o seu homólogo ucraniano Petro Poroshenko vai assistir à cimeira da NATO.

À semelhança da Ucrânia, a Geórgia espera integrar a aliança atlântica apesar da oposição de Moscovo e quando os dois países mantêm contenciosos territoriais com o seu poderoso vizinho, presente em parte dos seus territórios que declararam a secessão.

Em 2008 a Geórgia envolveu-se num breve conflito com a Rússia e desde então tropas russas estão estacionadas na Abkházia e Ossétia do Sul, duas regiões secessionistas da Geórgia.

A Rússia, confrontada com a crescente presença de forças da NATO junto às suas fronteiras, tem-se oposto de forma determinada à entrada da Geórgia na aliança atlântica.