Um milhão de euros é um número com que o BE se sente “confortável”. As casas com valor patrimonial acima desse patamar — e não dos 50o mil euros, como chegou a ser ponderado — deverão começar a estar sujeitas a um imposto extra.

Ao Expresso, uma fonte não identificada do BE admitiu que o partido se sente “confortável” com esse valor. Na semana passada, a deputada Mariana Mortágua já tinha adiantado que o que estava em cima da mesa das negociações entre os três partidos (o diálogo envolve PS, PCP e BE) estaria entre os 500 mil e um milhão de euros.

Já ontem, o secretário-geral do PCP disse que um milhão de euros significava “um bom início de conversa”. Mas foram os socialistas a colocar a fasquia mínima no valor mais alto.

O BE começou por um universo mais alargado, a partir dos 500 mil euros. Mas, já esta segunda-feira, a coordenadora do partido abria a porta a uma subida desse número. “O patamar mínimo tem de ser alto”, referiu Catarina Martins. “É preciso garantir que as pessoas que não são ricas – que têm a sua casa, que compraram até uma segunda casa de férias, que herdaram uma casa de família – ficam excluídas deste imposto”, porque “não é sobre elas que é preciso cobrar alguma coisa”, explicou a coordenadora do BE.

Ao mesmo tempo, há que garantir que o imposto não é “tão alto que não chegue a ninguém”.

“Dentro deste critério, as propostas estão em cima da mesa” e “de certeza, que chegaremos a um acordo”, admitia Catarina Martins.

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