Por esta altura o livro “Um Presidente Não Devia Dizer Isso…” está nas bocas do mundo, não só porque nele constam declarações polémicas de François Hollande sobre o Islão, a imigração e o rival Sarkozy, mas também por causa dos segredos desvendados sobre a vida privada do presidente francês.
A obra assinada pelos jornalistas de investigação Gerard Davet e Fabrice Lhomme, que já se converteu no título mais vendido na loja francesa da Amazon, resulta de uma série de entrevistas formais ao longo de três anos a Hollande. E entre tantas considerações está aquela sobre a sua relação com Julie Gayet, de 44 anos: apesar de estarem oficialmente juntos desde 2014, o presidente não tem intenções de fazer dela a primeira-dama de França.
“É um tema quente e ela continua a perguntar, mas eu não quero e esta situação fá-la sofrer”, confessou Hollande, falando pela primeira na relação com a atriz que esteve há dois anos na origem de um escândalo mediático, quando a revista Closer noticiou em janeiro de 2014 a infidelidade de Hollande com Gayet — à data, o presidente eleito em maio de 2012 estava comprometido com a jornalista Valérie Trierweiler, que desempenhava funções de primeira-dama no Eliseu.
Foi precisamente Trierweiler quem publicou um livro onde relatou a sua vida ao lado do presidente, revelando detalhes escabrosos desse relacionamento, tal como recorda o jornal El Español. De referir que, antes dela, Hollande teve uma relação de vários anos com a política Ségolène Royal — com quem teve quatro filhos –, que no livro é descrita como a mulher da sua vida. “É a mulher de quem me sinto mais próximo. Está lá quando eu preciso.” Nem de propósito, o El Epañol faz referência a alegados ciúmes de Royal por parte da jornalista e ex-primeira dama.
Ainda segundo o livro, ao presidente francês custa não ter uma vida familiar, admitindo que não pode ter uma vida privada no Eliseu porque “não há tempo para ser feliz.”