A Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV) manifestou este sábado a “profunda desilusão” com o novo aumento de 3% do imposto sobre a cerveja, defendendo que o setor deveria ser protegido, à semelhança do que acontece com o vinho.

Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), enviada na sexta-feira ao parlamento, o Governo vai voltar a aumentar, no próximo ano, o imposto sobre a cerveja, as bebidas espirituosas e os vinhos licorosos em 3%.

Para a APCV, este novo aumento é uma “profunda desilusão”, sendo “injustificável” que o setor da cerveja “não seja preservado em termos fiscais, enquanto setor estratégico a proteger, e vital para a economia nacional, à semelhança do que se fez e continua a fazer-se com o setor do vinho”.

Além disso, o setor também não percebe que a cerveja tenha “um tratamento fiscal idêntico ao de bebidas importadas e com reduzida expressão de fileira, em Portugal, como é o caso das bebidas espirituosas/destiladas”.

Nesse sentido, esta associação, que representa as empresas de cerveja nacionais e os cervejeiros artesanais nacionais, vai solicitar aos grupos parlamentares na Assembleia da República que seja revista em sede de especialidade o que considera ser uma “enorme situação de iniquidade fiscal entre os diferentes setores produtores de bebidas alcoólicas”.

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